Rio de Janeiro

PRÉ-COLAPSO

No RJ, CPI dos Trens recomenda estudo de viabilidade para avaliar a reestatização do sistema

Relatório também reforça necessidade de concurso público para preencher cargos técnicos da agência reguladora

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
trem supervia
Trabalhos da CPI serão suspensos por 30 dias, para que, após o primeiro turno das eleições, seja votado o relatório final - Divulgação

Os deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) apresentaram na última segunda-feira (5) o relatório preliminar da CPI dos Trens e que identifica um pré-colapso do sistema ferroviário do estado. O documento recomenda a realização com urgência de um estudo de viabilidade para avaliar a reestatização do sistema.

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O relator da CPI, deputado Waldeck Carneiro (PSB), destacou que o documento foi uma construção coletiva. Entre as demais recomendações do parecer, estão a realização urgente de concurso público para o preenchimento de cargos técnicos na Agência Reguladora de Transportes Públicos do Estado (Agetransp) e a alteração do índice de correção tarifária do IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Os trabalhos da CPI serão suspensos por 30 dias, para que, após o primeiro turno das eleições, seja votado o relatório final, com outras contribuições.

Segundo a presidente da CPI, deputada Lucinha (PSD), a comissão conquistou avanços, mas ainda há muito a ser feito, referindo-se, por exemplo, à presença de tráfico de drogas em estações e de famílias morando ao longo da malha ferroviária. "O governo tem que resolver a situação das famílias que moram dentro da malha do ramal Belford Roxo, antes que tragédias aconteçam", completou.

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Já o deputado Luiz Paulo (PSD) indicou que deve ser acrescentado ao relatório uma solicitação ao Ministério Público estadual (MP-RJ) para que seja investigada a deterioração do sistema ferroviário, que pertence ao estado. O parlamentar também chamou a atenção para a necessidade de medidas práticas urgentes para a melhoria do serviço de trens. 

"O governo deve estudar uma intervenção imediata na concessão, e até mesmo a possibilidade de encampação do serviço", disse ele.

Edição: Eduardo Miranda