Na manhã desta sexta-feira (9), o ex-secretário de Polícia Civil Allan Turnowski foi preso pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), em meio a investigações sobre seu envolvimento em organização criminosa e no jogo do bicho.
Segundo as investigações do MP-RJ, ele recebia propina do jogo do bicho e estaria envolvido em um plano para assassinar o bicheiro Rogério Andrade.
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Turnowski deixou o cargo em março deste ano para se candidatar a uma vaga de deputado federal pelo Partido Liberal (PL) e recebia apoio do governador Claudio Castro (PL) na sua candidatura.
Claudio Castro apoia a candidatura de Allan Turnowski/ Reprodução
A prisão do ex-secretário faz parte de uma investigação que envolve outros nomes importantes da Polícia Civil do Rio. Um deles é o ex-delegado Maurício Demétrio, que está preso desde junho do ano passado, investigado por suspeita de forjar operações para incriminar adversários e também pela participação na morte de Rogério Andrade. Demétrio foi titular da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM).
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O delegado Antônio Ricardo, ex-diretor da Delegacia de Homicídios, também é alvo da operação. Agentes do MP cumpriam mandado de busca e apreensão na residência dele na manhã desta sexta. Antônio Ricardo é candidato a deputado estadual pelo Partido Podemos.
Histórico
Allan foi chefe da Polícia Civil entre 2010 e 2011, durante o governo de Sérgio Cabral (MDB) e deixou a pasta durante uma investigação da Polícia Federal sobre um suposto vazamento de uma operação, segundo informações do portal G1. O caso foi arquivado por falta de provas. O delegado sempre negou qualquer irregularidade.
Em 2020, ele voltou ao posto, que passou a ser uma secretaria do governo do estado, onde ficou até o início deste ano, quando saiu para se candidatar. Sob sua gestão, a pasta inaugurou uma força-tarefa de Combate às milícias, que até março de 2022 tinha contabilizados mais de 1,2 mil presos.
A gestão de Turnowski foi uma das responsáveis pela operação policial no Jacarezinho que deixou 28 mortos, em maio de 2021, considerada a mais letal da história do Rio.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Mariana Pitasse
