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Opinião

Sakamoto: Bolsonarista mata petista horas após Jair defender ‘extirpar’ oposição

15 facadas e um machado não é legítima defesa, mas ódio; violência aumenta às vésperas do primeiro turno

09.set.2022 às 14h53
Leonardo Sakamoto
|UOL

Polícia Civil afirma que o assassinato aconteceu na zona rural de Confresa (MT) - Divulgação

O Brasil produziu mais um cadáver por ódio político. Coincidentemente, a briga que levou ao crime começou algumas horas após o presidente da República defender, em comício na praia de Copacabana, que era necessário "extirpar da vida pública" adversários políticos da esquerda.

A Polícia Civil do Mato Grosso informou que Benedito dos Santos, eleitor de Lula, foi morto a golpes de faca e machado por Rafael de Oliveira, apoiador de Bolsonaro, após uma discussão política entre ambos na zona rural de Confresa, no Nordeste do Estado, descambar para a briga na noite de 7 de setembro.

"O que levou ao crime foi a opinião política divergente. A vítima estava defendendo o Lula e o autor, defendendo o Bolsonaro", afirmou o delegado Victor Oliveira ao portal G1. O assassino confessou o crime e está preso.

Santos teria dado um soco em Oliveira e pegado uma faca, mas foi desarmado e correu. Oliveira o perseguiu e passou a golpeou pelas costas. Já caído no chão, foi acertado com facadas no olho, no pescoço e na testa – segundo o delegado, foram 15 golpes. Depois, ele foi a um barracão buscar um machado para decapitar a vítima, que ainda estava viva, acertando-o no pescoço.

E 15 facadas e um machado não é legítima defesa, mas ódio.

A morte é uma péssima notícia para uma sociedade que vê a violência por motivos políticos escalar na medida que nos aproximamos do 1º turno das eleições.

O presidente já havia sido duramente criticado após o assassinato do tesoureiro do PT e guarda civil, Marcelo Arruda, pelo agente penitenciário bolsonarista Jorge Guaranho, em Foz do Iguaçu (PR), no dia 9 de julho.

Guaranho ficou sabendo da festa de aniversário de temática lulista de Arruda e foi lá provocar. O caso terminou com o petista morto e o bolsonarista preso.

Preocupado com o impacto do caso para a sua imagem, Bolsonaro deu declarações para encobrir que Guaranho reproduzia a sua retórica quanto a adversários. Em sua conta do Facebook, por exemplo, o assassino ecoava Bolsonaro em dezenas de postagens, chegando a afirmar que o Brasil precisa de uma "limpeza" dos petistas.

O presidente, desde então, diz que "fuzilar a petralhada" é figura de linguagem.

Com o caso de Foz do Iguaçu, Bolsonaro foi bastante cobrado para pedir a seus apoiadores em todo o Brasil baixarem a fervura. Mas, ao invés de condenar a violência e pedir para que seus seguidores e os demais brasileiros desarmem os espíritos para a eleição, Bolsonaro foi no sentido contrário.

Ele atuou para desmerecer a gravidade do caso, tentando, primeiro, convencer uma parcela da população de que foi um crime comum. Depois, buscando responsabilizar a vítima.

No dia 12 de julho, por exemplo, usou o famigerado "mas" para tentar mostrar que o "outro lado", ou seja, o do agressor, também tinha suas razões.

"Nada justifica a troca de tiros, mas lá fora… Está sendo concluída a investigação pela Polícia Civil do Paraná para a gente ver que teve um problema lá fora, onde o cara que morreu, que estava lá na festa, jogou uma pedra no vidro daquele cara que estava que estava no carro pro lado de fora. Depois ele voltou, e começou aquele tiroteio lá onde morreu o aniversariante", disse aos seus seguidores na porta do Palácio do Alvorada.

Depois, pediu desculpas porque vídeos mostraram que nenhuma pedra foi arremessada.

E na tentativa de convencer que esse tipo violência não tem cunho político, o presidente vem repetindo números de homicídios no Brasil, apontando que houve uma redução de mortes sob o seu governo. Para ele, se as mortes caíram no país, o bolsonarismo é vida, não morte, e ele não tem a ver com o ocorrido.

A sobreposição dos discursos de lideranças políticas, religiosas e sociais ao longo do tempo, fomentando ódio contra políticos, magistrados, jornalistas, entre outros, distorce a visão de mundo de seus seguidores e torna a agressão "necessária'' para tirar o país do caos e extirpar o "mal", alimentando a violência.

Da mesma forma, a sobreposição de discursos afirmando que o crime não tem relação política acaba por normalizar a violência política, que passa a ser encarada como briga de bêbado na esquina.

Depois, neste Sete de Setembro, falando a seus seguidores no comício da praia de Copacabana, ele voltou à tônica:

"Compare o Brasil, os países da América do Sul, compare com a Venezuela, compare com o que está acontecendo na Argentina e compare com a Nicarágua. De comum esses países têm nomes que são amigos entre si. Todos esses chefes dessas nações são amigos do quadrilheiro de nove dedos que disputa a eleição. Não é apenas voltar à cena do crime. Esse tipo de gente tem que ser extirpado na vida pública."

Com isso, ajuda a semear ainda mais sangue em uma eleição que será marcada por tumultos.

Não admira que o governo diga que não haverá violência política. Para ele, tudo isso é apenas "liberdade de expressão".

*Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

 

 
 
 
Conteúdo originalmente publicado em UOL
Tags: bolsonarismosakamotoviolência
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