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Com menor mortalidade desde 2020, OMS diz que fim da pandemia de covid-19 está "à vista"

Apesar da redução de contágios, somente em 2022 foram registradas quase 1 milhão de mortes

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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A OMS considera que a situação global é ainda de "emergência aguda" - Divulgação/OMS

O secretário-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta quarta-feira (14) que o final da emergência sanitária global da covid-19 pode estar próximo. "Ainda não chegamos lá, mas o fim está à vista. Agora é o pior momento para parar de correr", disse ele. 

Em seu relatório semanal sobre a pandemia, a agência de saúde da ONU apontou que as mortes caíram 22% na última semana, com pouco mais de 11 mil falecidos em todo o mundo. Houve ainda 3,1 milhões de novos casos, uma queda de 28%, continuando um declínio de semanas da doença em todos os continentes. 

"Agora é a hora de correr mais e garantir que cruzemos a linha e colhamos todas as recompensas de nosso trabalho duro", ressaltou Tedros.

Desde 2020, a doença já contaminou 607 milhões e causou 6,4 milhões de mortes. O Brasil acumula 34,5 milhões de contágios e 684 mil falecidos, mantendo-se na terceira posição entre os países mais afetados em todo o globo.

Somente neste ano foram registrados 1 milhão de falecidos em todo o planeta, por isso a OMS considera que a situação global é ainda de "emergência aguda".

A subvariante ômicron BA.5 continua a dominar globalmente e compreende quase 90% das amostras de vírus compartilhadas com o maior banco de dados público do mundo.

Cerca de 67,9% da população mundial já foi vacinada, representando um total de 12,6 bilhões de doses aplicadas, numa média de 3,64 milhões de vacinas administradas diariamente. No entanto, a desigualdade no acesso aos imunizantes permanece. Entre os países do sul global, somente 21% da população teve acesso a pelo menos uma dose, segundo levantamento da plataforma Our World in Data. 

A OMS ainda divulgou um conjunto de políticas sobre elementos necessários para superar a emergência do vírus sars-cov2, que incluem aumentar a vacinação de grupos de risco, manter testes de vigilância e sequenciar novas variantes do vírus, assim como engajar comunidades no combate ao negacionismo. 

Edição: Thales Schmidt