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Em entrevista, Cláudio Castro fala sobre aliados investigados, prisão de ex-secretário e Ceperj

Candidato do PL ao governo do estado admitiu erros na contratação de funcionários fantasmas em entrevista ao RJTV

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
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Cláudio Castro é candidato ao governo do Rio pelo partido do presidente Jair Bolsonaro (PL) - Alan Santos/Presidência da República

Cláudio Castro (PL), candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro para o governo do Rio, admitiu que houve erros na contratação de funcionários fantasmas na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e que vai responsabilizar os envolvidos no caso.

"Já determinei a abertura de processo disciplinar contra todos aqueles ilícitos. Houve erros sim, a minha administração reconhece e está trabalhando. Por isso que hoje já determinei que todos sejam punidos", disse sobre o escândalo de corrupção.

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O atual governador foi o último entrevistado da série do RJTV, da TV Globo, com os principais colocados nas pesquisas de intenção de voto para o governo do Rio.

Na entrevista, Castro foi questionado sobre aliados políticos com problemas na Justiça, como o ex-vice da chapa Washington Reis (MDB), condenado por crime ambiental, e o deputado Rodrigo Amorim (PTB), réu por violência política de gênero.

"O erro das pessoas não tem a ver comigo. Cada um responde pelo seu CPF. Eu respeito todas as pessoas, nunca teve nada meu de agressão a ninguém. Eu sou, inclusive, conhecido como um político de diálogo", afirmou o candidato.

Sobre o ex-secretário de Polícia Civil Allan Turnowski, preso por envolvimento em organização criminosa e no jogo do bicho, Castro disse que "isso não comprometeu em nada o bom trabalho que foi feito na segurança pública".

"Quando convidei o Allan ele não tinha acusações. Os números da segurança pública estão mostrando que evoluiu muito o trabalho que foi feito pela segurança pública. Conseguimos reajustar os salários, os índices de criminalidade estão diminuindo todos, inclusive do homicídio doloso. Acho que precisamos tomar cuidado com essa investigações porque já vimos casos que depois disseram que não era nada disso. Só o MP e a Justiça vão dizer se isso realmente aconteceu ou não", defendeu.

Por fim, Castro garantiu que não concorda com mortes em operações policiais, apesar disso o Rio de Janeiro teve duas das operações policiais mais letais da história do estado durante o governo de Castro e da gestão do ex-secretário Turnowski. 

"Nunca celebrei morte nenhuma. Não acho que o sucesso da polícia se dá por morte ou não. Nós temos no Rio de Janeiro uma criminalidade que não tem em lugar nenhum no Brasil. É por isso que estou implantando o Cidade Integrada. Ele vem para mudar a configuração de que o Estado entra só com tiro. O Cidade Integrada já reformou escola, limpou rio, programas sociais. Estamos mexendo nas bases da segurança pública", concluiu.

Edição: Clívia Mesquita