Faltam seis dias

Super Live com artistas, políticos e influenciadores fecha campanha de Lula em SP

Com plateia lotada, evento consolida apoio da classe artística à eleição do petista

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Lula fez o último ato público de sua campanha em SP nesta segunda, a seis dias do pleito - Reprodução

O último evento aberto ao público da campanha presidencial de Lula (PT) aconteceu nesta segunda (26) no Anhembi, em São Paulo. A chamada Super Live, transmitida pelos canais e redes sociais do PT, contou com a presença de um time de peso, na plateia e no palco.

Apresentado pela atriz Thalma de Freitas e pelo influencer Murilo Ribeiro, o Muka, o evento foi atendido por nomes como Daniela Mercury, Greogório Duvivier, Maria Bopp (a Blogueirinha do Fim do Mundo), Laerte, Casagrande, Paulo Miklos, além da mulher de Lula, Janja, uma das organizadoras.

A presença da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) arrancou aplausos da plateia.

Eu seu discurso, ao final do evento, Lula destacou o compromisso em não permitir o garimpo em terras indígenas. Em outra promessa que arrancou aplausos, ele afirmou que vai levantar o sigilo de 100 anos decretado pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL) em diversos documentos, incluindo sua própria carteira de vacinação.

Lula também citou que, se eleito, o país voltará a organizar conferências populares para discutir os rumos das políticas públicas setoriais (leia mais sobre o discurso de Lula ao final da matéria).

Em um dos momentos mais emocionantes, Txai Suruí, ativista do povo Paiter Suruí, relembrou as perdas sofridas com a pandemia e cobrou compromisso com a preservação da floresta e com a vida dos povos indígenas.

 

 

De longe o melhor momento: Dilma recebendo os aplausos que tanto merece! #BrasilDaEsperança pic.twitter.com/xiUia1BM1k

Pabllo Vittar falou sobre a importância da valorização da Cultura, cita o passado dela com o MST:

 

Muitas celebridades que não puderam estar presentes mandaram contribuições em vídeo. Entre elas, Gilberto Gil, Emicida, Chico César, Djamilla, Caetano Veloso, Fernanda Abreu e Arnaldo Antunes, entre outros, como Emicida

 

 

 

 

 

 

A tônica do evento foi o otimismo para a votação do próximo dia 2, quando a eleição pode ser decidida ainda no primeiro turno. Para isso a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, fez um apelo ao comparecimento às urnas.

"Nossa missão é conscientizar da importância do voto. Urna não é protesto, é escolha, essa é nossa missão nos próximos dias", disse ela.

Janja, foi outra que arrancou aplausos.

 

A Super Live foi retransmitida por grupos na Itália, Argentina, Reino Unido, Estados Unidos e Espanha. Dos EUA, o ator Mark Ruffalo tuitou que "hoje, humildemente me junto para alertar para as consequências das eleições no Brasil. Você pode assistir a minha mensagem e, mais importante, as palavras de muitos brasileiros que defendem a democracia e o planeta por essa live. Lula falará em breve."

 

 

 

 

O cineasta Thiago Macêdo Correia de Marte Um, filme que representará o Brasil no Oscar, também esteve presente

 

 


E finalmente...

Ao final, Lula subiu ao palco para fechar as mais de cinco horas de evento. “O PT tem 42 anos, nós nunca conseguimos fazer um evento dessa magnitude”, começou ele.

Num discurso de cerca de 40 minutos, Lula pediu união para derrotar o ódio “o quanto antes” e que o “verde-amarelo pertence a todos os brasileiros”. Lembrou de como a união de tantas organizações, partidos e tendências “atrás de uma única candidatura, já no primeiro turno” é algo inédito na nossa democracia e motivo para dizer “basta de tanto odio, tanta mentira, destruição, vamos reconstruir o país agora no dia dois de outubro”.

Além de listar uma série de direitos perdidos no governo Bolsonaro e Temer, Lula disse pretender criar o “ministério dos povos originários”, levantando a plateia.

“Quero que fique bem claro: não haverá garimpo ou atividade ilegal em terras indígenas”, disse.

O líder das pesquisas, que pode assegurar a vitória no primeiro turno, reafirmou o compromisso com políticas sociais, ressaltando a necessidade de eleger um Congresso aliado.

“Se preparem porque vou precisar de vocês. Primeira coisa teremos que eleger muitos deputados, senadores. Vamos precisar de gente para mudar. É uma excrecência o orçamento secreto, onde decidem o destino das verbas.”

“A gente vai tirar do Palácio do Planalto esse genocida e colocar de volta a democracia.”

Veja a íntegra da Super Live abaixo. Lula fala a partir dos 4h23´ 

 

 

Edição: Rodrigo Durão Coelho