ELEIÇÕES 2022

RJ: Fabrício Queiróz, bolsonaristas da Alerj e herdeiros de Picciani e Cabral ficam sem cargos

Denunciado como operador do esquema das rachadinhas, PM da reserva teve apenas 6,6 mil votos no estado

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
fabricio queiroz
Denunciado nos esquemas das rachadinhas de Flávio Bolsonaro na Alerj, Queiroz não conseguiu cargo eletivo na Casa - Reprodução

A eleição do último domingo (2), tanto para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) quanto para a Câmara Federal, em Brasília, deixou de fora herdeiros de nomes tradicionais da política fluminense e figuras de destaque da ala bolsonarista que ganharam projeção na eleição de 2018, quando Jair Bolsonaro (PL) foi eleito presidente.

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Filhos de Jorge Picciani (MDB), falecido em maio do ano passado e influente nome por 30 anos na política do estado, Leonardo Picciani e Rafael Picciani, ambos do mesmo partido do pai, tentavam vaga de deputado federal e estadual, respectivamente, e não conseguiram se eleger. Os dois concentraram as campanhas na Baixada Fluminense, escondendo o sobrenome do pai, constante alvo de denúncias.

Leonardo, de 42 anos, está na política há 20 anos e foi ministro de Esportes de Michel Temer. Em 2018, ele não conseguiu a vaga na Câmara Federal, ao obter 38,6 mil votos. No último domingo (2), o capital político de Leonardo foi reduzido a 37 mil votos. Já Rafael, que em 2010 foi eleito para a Alerj com 96 mil votos aos 24 anos de idade, só recebeu agora 25 mil votos.

Filho de Sérgio Cabral, outra grande figura emedebista envolvida em escândalos de corrupção e três décadas de presença na Alerj, incusive como presidente da Casa, assim como Jorge Picciani, e no governo do estado, Marco Antônio Cabral, de 31 anos, obteve 119 mil votos na eleição de 2014 para a Alerj. Agora, no entanto, ele tentou a Câmara dos Deputados, usando o sobrenome do pai, e recebeu apenas 23,8 mil votos.

Outra figura que passou a fazer parte do noticiário político e policial do Rio de Janeiro e do país nos últimos três anos, o policial militar reformado Fabricio Queiróz, acusado de ser o operador do esquema das rachadinhas do então deputado estadual Flávio Bolsonaro na Alerj obteve apenas 6,6 mil votos para o Legislativo fluminense. Nos últimos meses, Queiróz tentou surfar na imagem de Jair Bolsonaro, mas a campanha não deslanchou.

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Entre os bolsonaristas que chegaram à Alerj após as eleições de 2018, apenas o deputado estadual Rodrigo Amorim (PL) conseguiu se reeleger, mas com um terço dos votos da eleição anterior. Foram 47 mil votos no último domingo (2) contra 140 mil votos em 2018.

Já Alexandre Knoploch, eleito em 2018 pelo PSL como o quarto deputado estadual mais votado do Rio de Janeiro, desta vez conseguiu 23 mil votos, agora filiado ao PSC, e não vai renovar o mandato de estreia na Assembleia Legislativa do estado. Outra bolsonarista, Alana Passos teve 106 mil votos em 2018 pelo PSL e agora, pelo PTB, com 39 mil votos, ficou de fora do legislativo.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Eduardo Miranda