O deputado distrital Leandro Grass (PV) foi designado para coordenar a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República no Distrito Federal. Após receber 434.587 votos nas eleições para o governo do DF, atingindo 26,25% dos votos válidos, o parlamentar terminou a disputa em segundo, atrás do atual governador Ibaneis Rocha (MDB).
O comando da Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB) decidiu que Leandro vai coordenar as ações territoriais do grupo para atrair mais votos a Lula na última etapa da eleição.
“Estou totalmente focado em ampliar o diálogo, sair da bolha, conversar com outros candidatos e partidos, terei um papel fundamentalmente conciliador nesse processo”, afirma o parlamentar.
Ao lado de Olgamir Amancia, que foi sua vice na chapa ao governo, e Rosilene Corrêa, candidata ao Senado que recebeu 356.198 votos, Leandro Grass pretende adaptar a linguagem para setores e regiões que ainda não são eleitores de Lula.
“Vamos falar sobre o que faz sentido para cada pessoa, ouvir os motivos de cada um e desmistificar os argumentos vindos do imaginário forjado pelas fake news”, exemplifica. “Nós não vamos ganhar se não ampliarmos o diálogo com os diferentes, não é no grito, não é na lacração, não é na força que vamos trazer essas pessoas para o nosso lado”.
O desafio de Grass será enorme. No DF, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, obteve a maioria dos votos válidos, chegando a 51,65% do total. Ao todo, ele contou com o apoio de 910.397 eleitores e eleitoras da capital brasileira. Já o ex-presidente Lula, que nacionalmente ficou em primeiro lugar, com 48,43% dos votos válidos, no DF ficou com 36,85%, recebendo 649.534 votos.
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Leandro Grass também recebeu a missão de dialogar com diversas forças e lideranças políticas do DF, principalmente com as que não estavam em lados opostos no 1º turno, além de grupos religiosos e organizações da sociedade civil. Na última terça-feira (4), por exemplo, Leandro já se reuniu com a senadora Leila do Vôlei (PDT), que também foi candidata ao governo e declarou apoio a Lula.
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