No Brasil

Arte ativista: edital seleciona obras para ilustrar relatório da ONU sobre direitos humanos

As inscrições são gratuitas e estão abertas até 6 de novembro; qualquer artista brasileiro pode concorrer

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Sob o título "Nuevo Mundo", obra foi selecionada no último edital e é considerada por Barbosa como "pintura discursiva" - Iracema Barbosa / IDDH

Artistas das mais diferentes linguagens podem concorrer para ilustrar um dos mais importantes relatórios das Nações Unidos sobre direitos humanos. Sob o título "Olhares do Brasil", o edital está com inscrições abertas até 6 de novembro, basta acessar o site do Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos (IDDH).

Os 17 selecionados terão suas obras nas páginas da edição de 2023 do VII Relatório Luz, um documento que avalia se o Brasil está implementando ou não ações para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela ONU.

O Relatório Luz é produzido anualmente pelo Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 – uma articulação composta por cerca de 50 organizações não governamentais, movimentos sociais, fóruns e fundações brasileiras. 

Como participar? 

Não há taxa de inscrição e pessoas de qualquer idade, raça, gênero, localidade e crença podem se candidatar. O pré-requisito é que sejam brasileiras e defensoras dos direitos humanos.

Podendo apresentar o trabalho em forma de pintura, desenho, fotografia, arte digital, ilustração, colagem, entre outras, a pessoa precisa apontar, ao se inscrever, sobre qual dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável ela está se referindo na obra. Entre eles estão, por exemplo, erradicação da pobreza, igualdade de gênero, água potável e saneamento e fome zero.

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O relatório vai ser apresentado em junho de 2023, no Fórum Político de Alto Nível Sobre Desenvolvimento Sustentável. Os selecionados, que ganharão uma gratificação simbólica de R$ 500, terão os nomes divulgados em 10 de dezembro, dia internacional dos direitos humanos.

"Em tempos como o que estamos vivendo, nossa arte é a forma mais sincera e intensa de expressão a favor dos direitos humanos. A arte é quem nos acompanha em qualquer etapa do desenvolvimento da sociedade. Com ela, podemos lançar luz sobre quais mudanças desejamos para o mundo", relata Fernanda Lapa, diretora-executiva do IDDH.

Edição: Nicolau Soares