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análise

Direita contra direita: o segundo turno em Mato Grosso do Sul

Resultado das eleições em Mato Grosso do Sul também ficou distante do cenário desenhado pelas pesquisas

21.out.2022 às 08h12
São Paulo (SP)
Daniel Estevão Ramos de Miranda

Itamaraty decidiu levar à Colômbia urnas que receberão votos de brasileiros na Venezuela - TSE/Flickr

Como ocorreu nas demais eleições pelo país, o resultado das eleições em Mato Grosso do Sul ficou distante do cenário desenhado pelas pesquisas. O ex-governador André Puccinelli (MDB), dado como certo no segundo turno, ficou em terceiro lugar. Foram para o segundo turno Eduardo Riedel (PSDB) e, talvez, a segunda maior surpresa da eleição: o Capitão Contar (PRTB).

O resultado mais surpreendente, no entanto, foi o de Marquinhos Trad (PSD): em sexto lugar, atrás inclusive de Giselle do PT, que praticamente nunca pontuou mais que 5% em nenhuma pesquisa. Seus aliados e apoiadores, a imprensa e até mesmo seus adversários, consideravam Marquinhos Trad, ex-prefeito de Campo Grande, um concorrente forte na disputa pela segunda vaga para o segundo turno. O eleitorado não.

Leia também: Centro-Oeste se consolida como região mais bolsonarista do país após eleição

 

Candidato / Pesquisa IPEC (01/10)* / % votos / Posição final

André Puccinelli (MDB) / 31% / 17,18 / 3°

Eduardo Riedel (PSDB) / 18% / 25,16 / 2°

Marquinhos Trad (PSD) / 17% / 8,68 / 6°

Capitão Contar (PRTB) / 17% / 26,71 / 1°

Rose Modesto (União) / 13% / 12,42 / 4°

Giselle (PT) / 3% / 9,42 / 5°

Adonis Marcos (PSOL) / 1% / 0,23 / 7°

Magno Souza (PCO) / 0% / 0,2 / 8°

*Última pesquisa divulgada antes do 1° turno

 

A vitória do Capitão Contar no primeiro turno pode ser quase inteiramente creditada à força do bolsonarismo no estado. Filiado a um partido minúsculo, sem grandes alianças ou coligações, fez de sua campanha um palanque permanente de promoção da candidatura presidencial de Jair Bolsonaro, que por sua vez estava vinculado oficialmente à candidatura de Eduardo Riedel por meio da coligação do PL com o PSDB no estado.

Contudo, provocado por Soraya Thronicke (União) no último debate presidencial do primeiro turno (na madrugada do dia 29 para o dia 30 de setembro), Bolsonaro declarou apoio e pediu voto para o Capitão Contar que, sem dúvida nenhuma, foi o candidato mais beneficiado por aquele debate, marcado pelo baixo nível das discussões.

É muito difícil mensurar o quanto tal apoio repercutiu nas preferências eleitorais sul-mato-grossenses, mas tendo em vista a densa e ágil atuação bolsonarista nas redes sociais, não se pode desprezar aquele evento como impulsionador da candidatura de Renan Contar para o segundo turno.

Dado que a eleição presidencial também terá um segundo turno, a estratégia de Contar é a mesma do primeiro: “casar” seu nome e número com os de Bolsonaro, o qual teve pouco mais de 794 mil votos em MS. Contar, por sua vez, obteve aproximadamente 410 mil votos a menos que Bolsonaro. Dado que a correlação entre a votação de Bolsonaro e a de Contar foi altíssima em MS, pode-se supor que a votação do Capitão Contar tende a subir significativamente na medida em que aqueles mais de 400 mil votos dados a Bolsonaro, mas não a Contar, migrem para esse último.

Ciente disso, um dos primeiros movimentos da campanha de Riedel foi justamente o de tentar neutralizar a carona da candidatura Contar nos votos de Bolsonaro. Logo no dia 5 de outubro, a senadora eleita por MS, Tereza Cristina (PP), aliada de primeira hora de Riedel, divulgou um vídeo no qual o presidente Bolsonaro informa que “por um dever de lealdade, do bom ensinamento político, ficaremos neutros em Mato Grosso do Sul neste segundo turno”. Tal declaração confere maior liberdade à campanha de Riedel para associá-lo a Bolsonaro sem ser “desmentido” pelo próprio.

Além disso, a força de Riedel reside no interior do estado: venceu em 51 municípios (64%), resultado da capilaridade do PSDB (que elegera quase metade dos prefeitos de MS em 2018) e do apoio da máquina estadual, cujo continuísmo representa. Outra frente explorada por Riedel é a da sociedade civil, intensificando visitas e assinaturas de acordo com sindicatos, associações e setores econômicos na expectativa de reverter em votos os apoios e acordos assim feitos.

Outro cenário de luta é a capital: Campo Grande concentra aproximadamente 1/3 do eleitorado de MS e, nela, Capitão Contar venceu com 26% dos votos, sendo que Riedel ficou em quarto lugar, com 14%. Ou seja, 60% dos votos foram dados a outros candidatos ao governo na capital. Dado que o presidente Bolsonaro teve pouco mais de 54% de votos em Campo Grande, Capitão Contar provavelmente herdará parte daqueles votos. O desafio de Riedel será o de conter este crescimento e consolidar sua força no interior do estado.

O resultado do primeiro turno em MS foi o mais apertado de sua história, elevando a importância dos apoios no segundo. Até 11 de outubro, Marquinhos Trad e Rose Modesto, que têm um histórico de desavenças com o PSDB, apoiam Contar. O ex-governador e deputado estadual eleito em 2022, Zeca do PT, declarou apoio a Riedel, mas a aliança oficial deste último com Bolsonaro dificulta um apoio partidário mais amplo e formal do PT. Já André Puccinelli não se apressou: informou que só se posicionará após ouvir as lideranças do partido.

O resultado dessa eleição marcará não apenas a capacidade do PSDB de consolidar sua hegemonia em MS (já possui a maior bancada na Assembleia Legislativa, na Câmara dos Deputados e o maior número de prefeitos no estado), mas também de contribuir para a sobrevivência do PSDB no plano nacional, dado que esse partido vem sendo varrido eleitoralmente do país com a ascensão do bolsonarismo. Sendo assim, o resultado em MS é uma reprodução em menor escala da própria luta fratricida entre correntes distintas da direita brasileira pelas mesmas bases eleitorais.

 

*Daniel Estevão Ramos de Miranda é doutor em Ciência Política e professor na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

**Esse artigo foi elaborado no âmbito do projeto Observatório das Eleições 2022, uma iniciativa do Instituto da Democracia e Democratização da Comunicação. Sediado na UFMG, conta com a participação de grupos de pesquisa de várias universidades brasileiras. Para mais informações, ver: www.observatoriodaseleicoes.com.br.

***Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Vivian Virissimo
Tags: eleiçõesmato grosso do sul
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