imunização em baixa

Dia de combate à poliomielite: após erradicação, Brasil convive com risco de volta da doença

Sociedade Brasileira de Imunizações cobra compromisso dos governos para ampliar vacinação; cobertura está abaixo de 70%

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A meta do Ministério da Saúde é vacinar 95% do público alvo, porém, a cobertura ainda não atingiu a marca de 70% em 2022 - Rovena Rosa/ Agência Brasil
Se for a prioridade dos gestores, tudo funciona, e a população acredita e segue isso

Uma campanha de comunicação contundente e prolongada para conscientizar os brasileiros sobre a importância da vacinação contra a poliomielite. Essa é uma das cobranças feitas ao Governo Federal pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) ao Ministério da Saúde. 

Neste 24 de outubro, Dia Mundial de Combate à Poliomielite, o risco de volta da doença, que foi eliminada do país há 25 anos, é uma preocupação das autoridades em saúde.  

Para a presidenta da SBIm, Isabella Balallai, a calmaria provocada pela erradicação da paralisia infantil, como é popularmente conhecida, fez com gestores deixassem as ações de combate ao vírus em segundo plano. 

"O principal movimento tem que vir dos gestores municipais, estaduais e federais. A vacinação sempre foi uma prioridade desses governos e, com a calmaria, quando a gente eliminou a doença, outras prioridades foram passando. Precisa realmente dessa prioridade", afirma a médica pediatra em entrevista à edição desta segunda-feira do Programa Bem Viver. 

A especialista reitera que a confiança nos governantes é um fator determinante para a adesão à vacina, a exemplo do que aconteceu com a imunização contra a covid-19, que, mesmo com todos os percalços, alcançou alta cobertura vacinal graças à campanha massiva. 

"Cada um de nós tem a reponsabilidade de levar o filho ao posto, mas a gente sabe que a maioria não tem essa informação. Então, se for a prioridade dos gestores, tudo funciona, e a população acredita e segue isso. Dentre os fatores que levam a adesão da população à vacinação está a confiança nos governantes", pontua. 

::Campanha de busca ativa faz procura por vacina da poliomielite aumentar 134% no Rio::

Os riscos do retorno da doença são reais. Desde de 2015 o país não atinge a meta de 95% de cobertura vacinal de rotina contra a pólio em menores de 1 ano. Neste ano, apesar da prorrogação da campanha, o índice de imunização não chegou a 70%, segundo o Ministério da Saúde. 

Para Balallai, a comunicação "pouco empática" do Governo Federal é uma das barreiras para o convencimento à população. 

"As campanhas eram empáticas. A gente tinha bola, se criou o Zé Gotinha, a Xuxa ia pra televisão chamar a gente pra tomar vacina. Agora, o que que a gente faz? Nada. A gente mal informa que existe uma campanha. E quando informa, não mostra que está preocupado com as pessoas. Simplesmente diz tem que vir vacinar", aponta. 

"Isso tudo não é pelo governo. É por nós. Mas isso tem que estar na comunicação com as pessoas. A comunicação tem que tocar mais o coração", acrescenta Balallai. 

Ameaça no mundo 

Atualmente, o Brasil faz parte do grupo de seis países considerados de alto risco para a doença. Outros quatro apresentam risco muito alto; mais 33, na região do Mediterrâneo Oriental, África e Europa, registram surto de paralisia infantil. No Paquistão e no Afeganistão, a pólio é considerada endêmica, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Diante desse cenário, a presidenta da SBIm ressalta a importância da imunização e lembra que a doença pode deixar sequelas graves.

"É uma doença que deixa sequelas que vão impactar a vida toda. Pode chegar ao ponto de ficar cadeirante e respirar por traqueostomia. Além disso, é uma doença que mata", ressalta a médica. 

Para reforçar a campanha informativa sobre a pólio, a Sociedade Brasileira de Imunizações lançou o site paralisiainfantil.com.br. Na página é possível encontrar dados e informações sobre a doença.


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Edição: Geisa Marques