Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Política

ELEIÇÕES 2022

Artigo | De meião, à beira do campo, esperando o jogo de domingo por marcos civilizatórios

Placar final da eleição ainda é um mistério, mas há a vantagem de sair com a bola e mantê-la no pé

28.out.2022 às 16h48
Rio de Janeiro (RJ)
Nilza Valeria Zacarias
Chico Buarque reuniu seu tradicional time de futebol, o Politeama, para uma partida de confraternização com o time da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, na última quinta-feira (21)

Chico Buarque reuniu seu tradicional time de futebol, o Politeama, para uma partida de confraternização com o time da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, na última quinta-feira (21) - Stefano Figalo / Brasil de Fato

Estou no jogo pela democracia brasileira desde quando nasci. Mas isso não conta.

Lembro, como se fosse hoje, o colégio nos dispensando das aulas por conta da abertura política. Eu atenta nas ruas e na TV, muito menina para entender, mas muito certa de que era preciso comemorar. A atenção interessada no grande comício pelas Diretas Já. A empolgação da tia Nininha, o entusiasmo da minha mãe. O que aprendi em casa não teve curso de especialização a me ensinar.

Em 2002, fui trabalhar na Fundação da Infância e da Adolescência do Rio de Janeiro. Era o curto governo Benedita da Silva, e muita coisa para fazer pelas crianças. Que realidade dura a que mergulhei. Depois vieram 15 anos de trabalho em uma organização não governamental. Nem dá para dizer tudo que aprendi em uma organização global.

Depois disso tudo, ou junto com isso, vem 2013. E a necessidade de marcarmos presença, já como evangélicos, em um projeto confuso que apresentavam ao país. Foi na unha, e no dente, que conseguimos a reeleição da Dilma. Depois disso, foi a quebra da democracia. E, eu lá, na luta. Organizando movimento, marcando posição. Passei a apontar caminhos que ia abrindo com o facão afiado. Quantas vezes tive que me soltar de mim para o fio da faca não acertar a mim mesma.

O golpe, o Temer, a eleição de 2018. A gente tentando convencer o PT a entender a necessidade de compreender o segmento evangélico como os novos atores da cena pública e política. Todo mundo se fazendo de surdo e nós, sob minha coordenação, arrancando votos de Bolsonaro. Pena que não foi suficiente, ou como dizem aí, sozinho a gente não vai longe.

Passamos esses quatro anos berrando, conversando, desenvolvendo projetos. Uma atuação gigante: um programa de rádio, um programa de formação, revistas incríveis sobre direitos, e tanta coisa mais, que não é possível citar tudo. Se está difícil o diálogo com os crentes, estaria bem pior sem a nossa existência. Sem falsa modéstia (que desse mal não padeço) sem o meu trabalho!

Daí, começou todo o processo eleitoral. E desde o primeiro momento, eu em campo. A Frente de Evangélicos foi fundamental. Desarmamos bombas jogadas pela campanha de Bolsonaro. Partimos para o chão de barro onde a vida acontece. Fizemos milhares de reuniões, produzimos material de forma incontável, mantemos o programa de rádio ileso da baixaria evangélica, pressionamos a campanha de Lula para termos a Carta compromisso aos Evangélicos. Brigamos com um bom tanto de gente, outro bom tanto se ressentiu do nosso jeito de agir. Não ligo, de forma alguma, para nada disso. Só posso garantir que os nossos companheiros da esquerda são mais parecidos do que eu gostaria com os da direita: machistas, racistas, misóginos. Se eu contasse… E tem mulher também que se acha a tal por ser branca. "Só eu sei as esquinas por quer passei…"

Enfim, faltando menos de 48 horas para as eleições (estamos nos acréscimos) me torno a jogadora que abaixa as meias, sinalizando ao técnico que preciso parar. Vou caminhando para a beira do campo, e fico ainda dentro do jogo, pois não há mais chance de substituição e o apito final virá logo.

É assim que estou agora, na beira do campo.

O placar final ainda é um mistério. Não há quase gol no futebol, não há quase gol na vida. Ou é gol ou não é. A gente tem, agora, a vantagem de sair com a bola. E mantemos a bola no pé.

Vamos fazer o gol, ou vamos perder a bola e o inimigo fará. Inimigo mesmo, o encarnado do capeta.

Ganhando, a gente comemora, eu volto ao campo e a gente começa uma nova partida, para estabelecer os marcos civilizatórios.

Se perdemos, talvez a gente demore um pouco para voltar ao jogo. Precisaremos rever as regras. Talvez nem a metáfora do futebol dê conta de dizer como será.  E, como é doloroso dizer isso, já que o futebol é a metáfora perfeita para a vida e o modo de sermos povo.

É isso. Estou na beira do campo, de meião abaixado. Mas tô no jogo. Para o que der e vier.

*Nilza Valeria Zacarias, jornalista, crente batista, coordenadora da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito.

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Eduardo Miranda
Tags: bolsonarolulariodejaneiro
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Programa do feriado

Cinema coreano celebra 80 anos do fim da ocupação japonesa com mostra gratuita em SP

PROTESTO

Organizações cobram da governadora Raquel Lyra instalação de Conselho de Economia Solidária em Pernambuco

Resistência

Partidos e movimentos argentinos fazem ato contra prisão domiciliar de Cristina Kirchner

14,75% ao ano

Copom decide nesta quarta (18) se interrompe sequência de altas da Selic

batalha das ideias

Editora Expressão Popular, do MST, apresenta catálogo diverso na Bienal do Livro no Rio de Janeiro

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.