contra a democracia

Metrô de Belo Horizonte descumpre decisão judicial e cobra passagem de eleitores neste domingo

Sistema é administrado pela CBTU, empresa pública vinculada ao Governo Federal

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Eleitores que quiseram usar o sistema de metrô de Belo Horizonte neste domingo tiveram de pagar passagem - Divulgação/CBTU

Apesar de uma decisão judicial que determinou transporte público gratuito em Belo Horizonte neste domingo de votação do segundo turno das eleições, o metrô de Belo Horizonte cobrou passagem de quem deseja viajar em parte da manhã. O sistema é administrado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa pública vinculada ao Governo Federal.

Por volta das 10h50, a cobrança foi suspensa. O presidente da empresa, Gustavo Barbosa, informou que tinha acabado de ser oficiado pela Justiça sobre a decisão de veto à cobrança.

O Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (SindimetroMG) denunciou o descumprimento da medida desde as primeiras horas da manhã em todas as estações do metrô da capital mineira. Segundo a direção do sindicato, a polícia foi acionada logo no início da operação, antes das 6h, e inicialmente se recusou a intervir. Uma equipe policial chegou à sede do sindicato pouco antes das 10h.

Em nota enviada a imprensa, a CBTU informou que "não foi notificada oficialmente de qualquer decisão sobre a gratuidade no transporte metroviário neste domingo de segundo turno de eleições (30/10/22). Tão logo seja concretizada a notificação, a CBTU MG, prontamente, cumprirá a decisão do Poder Judiciário".

A decisão judicial foi publicada na última sexta-feira (28), após ação de iniciativa popular do próprio SindimetroMG. A determinação obriga também a CBTU a manter os níveis normais de atendimento dos trens, sem redução.

A CBTU, por sua vez, afirmou em nota que "conforme dados da Companhia, não houve aumento significativo de número de usuários no dia do primeiro turno das eleições (2/11), em comparação com um domingo comum".

Este texto foi atualizado às 12h24 para informar sobre a suspensão da cobrança.

Edição: Rodrigo Durão Coelho