vai voltar?

Twitter de Lula abre votação: "O que vocês acham da volta do horário de verão?"

Assunto já tinha ganhado destaque na rede social após pedido do ator Bruno Gagliasso ao vice eleito, Geraldo Alckmin

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Horário de verão foi suprimido em canetada de Bolsonaro em 2019 - Fernando Frazão/ Agência Brasil

Uma das medidas do governo de Jair Bolsonaro (PL) que deixaram o país mais dividido, o fim do horário de verão, pode estar com os dias contados. Na noite desta segunda-feira (7), a página do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Twitter abriu uma votação para saber se a população brasileira quer ou não a volta da mudança de horário nos meses mais quentes do ano.

Na postagem, a página de Lula afirma que seu governo "consulta a população" e abre a votação para escolha. Em cerca de 30 minutos, mais de 290 mil pessoas já tinham votado, e o "sim" vencia por larga margem: 73,1%, contra 26,9% da opção "não".

Esta não foi a primeira vez que o governo eleito comentou o assunto nas redes sociais. Na última quinta-feira (3), o ator Bruno Gagliasso, apoiador declarado de Lula, pediu ao vice-presidente eleito e coordenador da transição de governo, Geraldo Alckmin (PSB), para colocar o tema em pauta. A página de Alckmin respondeu com "emojis" que indicavam que a sugestão tinha sido anotada.

A proposta, claro, não agrada a todos. Trabalhadoras e trabalhadores que entram em jornada muito cedo pediram para que o país permanecesse sem horário de verão. Entre eles o jornalista Rodrigo Bocardi, apresentador do jornal matutino Bom Dia São Paulo, da Globo.

Bolsonaro acabou com horário de verão em 2019

A decisão de acabar com o horário de verão foi tomada logo no primeiro ano de governo de Bolsonaro. Mesmo sob pressão de diversos setores da economia para revogar a medida, especialmente em momentos de crise hídrica, como em 2021, a decisão foi mantida.

O horário de verão esteve em vigor em diversos momentos da história do país a partir da década de 1930, e foi adotado ininterruptamente entre 1985 e 2018. Quando foi suspenso pelo decreto de Bolsonaro, era adotado pelos estados do Sul, Sudeste e Centro Oeste.

Edição: Nicolau Soares