Ronda Política

Deputado acusa Bolsonaro de agredir Michelle, Gleisi é ameaçada em Brasília e mais

Deputado Julian Lemos afirmou que casamento entre Bolsonaro e Michelle é uma "fachada"

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
O deputado Julian Lemos acusou Jair Bolsonaro de agressão contra a primeira-dama Michelle Bolsonaro - Evaristo Sa/AFP

O deputado federal Julian Lemos (União-PB) acusou Jair Bolsonaro (PL) de agressão contra a primeira-dama Michelle Bolsonaro, no podcast Arretado, nesta segunda-feira (7).

"A relação é de fachada. Ela não quer nem ver ele. Nas primeiras férias dele, que ele foi pra uma ilha, ela foi colocar um silicone e ele deu uns tapas nela", afirmou o parlamentar, a partir de 1 hora e 50 minutos de programa.

Lemos também afirmou que Michelle não compareceu ao primeiro pronunciamento de Bolsonaro após o resultado do segundo turno das eleições, porque "estava toda marcada" devido a uma suposta agressão. "Ela não estava porque estava toda marcada. Manda ela aparecer aí", disse o deputado.

O deputado foi coordenador de campanha de Bolsonaro no Nordeste nas eleições de 2018. Mas já no início de 2019, ambos romperam após trocas de farpas com o filho do atual mandatário, o vereador Carlos Bolsonaro.

Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias são ameaçados em bar no Distrito Federal 

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, e o deputado federal eleito Lindbergh Farias (PT-RJ) foram vítimas de ameaças, no último domingo (6), enquanto estavam em um bar da Asa Sul, área nobre de Brasília.

De acordo com o depoimento das testemunhas, um homem de 59 anos, com uma camiseta verde, começou a fazer um sinal de arma com a mão e filmar a mesa em que os parlamentares estavam. No momento em que o homem se aproximou da mesa, iniciou-se um tumulto.

Em seguida, uma pessoa que acompanhava os petistas começou a filmar o homem e foi empurrado. Logo após, o homem começou a gritar: "Deixa só eu dar uma porrada neles"; "O malandro está de volta" e "Vai chamar a polícia é o caralho".

Bolsonaristas atacam PRF em Santa Catarina 

Um grupo de bolsonaristas atacou agentes da Polícia Rodoviária Federal após insistirem em bloquear a BR-470 no trecho em Rio do Sul, na região Vale do Itajaí, em Santa Catarina, nesta segunda-feira (7). 

Segundo a polícia, os agentes tentavam identificar quem havia desobedecido a ordem para liberar a via, quando os bolsonaristas agrediram os policiais com barras de ferro e até cadeiras. Dois agentes ficaram feridos na cabeça e nos braços. Um deles ficou com o capacete amassado após levar um golpe de barra de ferro.

Leia mais: Participantes de atos golpistas partem para o ataque contra PRF em Santa Catarina e no Pará

Em Novo Progresso, no Pará, os agentes da PRF também foram atacados por bolsonaristas que faziam manifestantes antidemocráticos. O ataque se deu com pedras, paus e tiros de armas de fogo.

Moraes pede identificação das lideranças de atos antidemocráticos  

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou às polícias Federal, Rodoviária Federal e Civil e Militar de todos os Estados e do Distrito Federal a identificação dos organizadores, financiadores e lideranças dos atos antidemocráticos contra o resultado das eleições, em um prazo de 48 horas.


Alexandre de Moraes / Rosinei Coutinho/SCO/STF

"Determino às polícias civis e militares dos estados e Distrito Federal, bem como à Polícia Federal (PF) e à Polícia Rodoviária Federal (PRF), o envio de todas as informações sobre a identificação dos caminhões e veículos que participaram ativamente dos bloqueios e nas manifestações em frente aos quartéis das Forças Armadas, assim como os dados dos respectivos proprietários, pessoas físicas ou jurídicas", escreveu Moraes.

PGR pede fim de apuração contra Bolsonaro em ação da CPI da Covid 

A vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo pediu o arquivamento de um inquérito aberto pelo STF contra Jair Bolsonaro por incitação ao crime por ter incentivado apoiadores a desrespeitarem as medidas de contenção da covid-19.

Esta é a oitava ação derivada da CPI da Covid que a PGR pede o arquivamento. Segundo Araújo, em manifestação enviada ao ministro Luís Roberto Barroso, não há elementos suficientes para jusitifcar a abertura de uma ação penal.


Lindôra Araújo / Conselho Nacional do Ministério Público

"Cuida-se de incentivo a uma fiscalização pública de recursos que, de fato, foram gastos durante a pandemia", disse Lindôra. "Não há o mínimo elemento da prática do crime incitação do delito de colocação de pessoas em perigo de vida na fala do Presidente da República, que apenas, em tom de crítica política, demonstra preocupação com os gastos relacionados ao combate à Pandemia de Covid-19 e ressalta a importância do controle social dos atos das autoridades diretamente envolvidas com as respectivas ações", afirmou a vice-PGR.

Em seu perfil no Twitter, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi o vice-presidente da CPI da Covid, classificou o pedido da PGR como um "absurdo". "Mais uma vez a PGR se esforça para negar os crimes de Bolsonaro. Mas aviso: o foro privilegiado vai acabar e a máquina pública não vai mais ser usada a serviço de negacionista que não se importou com a morte de milhares de compatriotas", afirmou.

Edição: Nicolau Soares