Ato pelo clma

Ambientalistas alertam para risco de aprovação de "pacote da destruição" ainda em 2022

Entidades de defesa do meio ambiente apresentaram manifesto contra pacote de destruição em ato em Brasília (DF)

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Defensores da causa ambiental durante ato em frente ao MMA; contra "pacote de destruição" do Governo Bolsonaro - Larissa Nunes

Ambientalistas e entidades de defesa do meio ambiente realizaram nesta terça-feira (8) um ato contra o desmonte da legislação ambiental no Brasil durante os anos de Governo Bolsonaro. O protesto foi realizado em frente ao Ministério do Meio Ambiente, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF).

Os ativistas leram um manifesto denominado "Ato Pelo Clima" e ressaltaram que a mobilização ocorre também por ocasião da COP27, realizada no Egito até o próximo dia 18. A gestão de Bolsonaro é considerada internacionalmente como pária de questões ambientais.

O receio dos manifestantes é de que Bolsonaro e seus aliados aproveitem os dias restantes de governo para aprovar um pacote de destruição. “É necessário que o Congresso Nacional se comprometa a não dar continuidade nessa gestão, do ainda (des)governo Bolsonaro, a tramitação e não coloque em votação projetos de lei que fragilizam o Estado de Direito Socioambiental, a exemplo da da PEC 32, que ameaça todo o serviço público com prejuízos a sociedade, de uma forma geral, e os projetos de lei que são verdadeiros pacotes de destruição, retrocesso e morte”, consta no manifesto.

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"Nós estamos prontos e nos colocamos à disposição do futuro governo para ajudar na transição e ajudar a reconstruir. Nós somos servidores do Estado e estamos prontos para isso", disse Tânia Maria, diretora executiva da Associação dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema).

Tramitam no Congresso Nacional pelo menos seis projetos que ameaçam gravemente o meio ambiente. Dentre eles estão propostas para facilitar a liberação de agrotóxicos; grilagem de terras públicas; extinção de licenciamento ambiental para realização de obras e outros dois que põem em risco também comunidades indígenas e os territórios por elas protegidos.

"A frente parlamentar ambientalista está atenta e vamos lutar para impedir que qualquer outro retrocesso venha ser aprovado aqui na Câmara", afirmou o deputado federal Alessandro Molon (PSB/RJ), coordenador da frente na Casa.

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Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Flávia Quirino