Aproximação

MDB indica Tebet, Renan Calheiros, Jader Barbalho e outros dois nomes para equipe de transição

Partido negocia participação na base do governo Lula no Congresso Nacional

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Renan Calheiros estará no Conselho Político da transição - José Eduardo Bernardes/Brasil de Fato

O MDB divulgou na manhã desta quarta-feira (9) os nomes dos indicados do partido para a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os senadores Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA) vão compor o Conselho Político da transição. Calheiros é um apoiador de primeira hora da candidatura de Lula dentro do partido e tentou garantir o apoio da sigla já no primeiro turno.

Para o núcleo de Assistência Social, além da já confirmada senadora e candidata à Presidência Simone Tebet (MS), o MDB indicou Reinaldo Takarabe, secretário-executivo da sigla.

Por fim, o ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto participará das discussões do núcleo sobre Indústria, Comércio e Serviços.

Câmara em jogo

Ainda que a participação de Simone Tebet no ministério de Lula seja dada como certa, o MDB negocia sua participação na base de apoio do governo Lula no Congresso Nacional. Em troca, além de mais espaço na Esplanada, o partido quer apoio para disputar a presidência da Câmara contra Arthur Lira (PP-AL).

Nesse sentido, acenos do PT à possibilidade de aproximação com o atual presidente da Casa trouxeram incômodo. Coube a Renan Calheiros, conterrâneo e inimigo político de Lira, dar voz às reclamações.

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"Vamos ter uma conversa de setores do MDB com setores do União Brasil. Esse modelo de frente é fácil de implementar. Já tem essa base toda do PT, União Brasil, MDB. Nós tínhamos que ter uma contrapartida (do governo eleito) todo mundo na Câmara, e não partir nesse primeiro momento para cortejar o Centrão, essa gente que flertou com o fascismo", disse o senador a O Globo.

Calheiros também criticou a proposta da PEC de Transição, que garantiria recursos para programas de Lula no ano que vem. O problema é que, como precisaria ser aprovada neste ano, depende do apoio de Lira, que sairia fortalecido.

Edição: Nicolau Soares