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Bem Viver celebra luta das mulheres negras com ONG Criola, Dona Jacira e sabor afro-mineiro

No mês da consciência negra, programa traz uma edição especial com iniciativas e projetos de protagonismo feminino negro

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Bem Viver na TV traz a importância da luta, ancestralidade e resistência das mulheres negras para o bem viver de toda sociedade. - Ong Criola

No mês da Consciência Negra, o Bem Viver, programa produzido pelo Brasil de Fato, traz uma edição especial para celebrar o protagonismo negro feminino.

O Mosaico Cultural traz o legado do trabalho da ONG Criola, que completa 30 anos em defesa dos direitos das mulheres negras. Para Lúcia Xavier, cofundadora da organização, esses direitos têm grande importância no bem viver de toda a sociedade.

"Mulheres negras nunca imaginam as conquistas somente suas, para elas os indivíduos e a comunidade precisam estar envolvidos neste processo", afirma Lúcia, que pontua também a relação da estratégias da organização com a ancestralidade afrobrasileira. 

"Nós fomos orientando a nossa luta, a nossa perspectiva e o modo de pensar a partir da ancestralidade considerando figuras emblemáticas, simbólicas como as ialodês".

Ialodê é uma palavra que vem do iorubá, usada para definir mulheres que são líderes e ousam romper com a submissão imposta pela sociedade. 

O programa traz um exemplo dessa força também no quadro de Entrevista. Jacira Roque Oliveira, a Dona Jacira, é mãe dos rappers Emicida e Evandro Fióti, além de Katia e Katiane. Nascida em 1964, ela cresceu na Zona Norte da cidade de São Paulo, e venceu vários desafios impostos pela desigualdade até se consagrar como escritora, artista plástica e contadora de histórias. 

"A gente foi sendo adaptado só aquelas histórias dos Andersen, né? A Branca de Neve, a Bela Adormecida. São histórias que não nos contemplam. E a gente sonhava com isso. Ser uma Branca de Neve de aparecer um príncipe e só depois vai caindo a realidade, a gente vai vendo numa festa de junina ninguém tira a gente pra dançar, numa festinha de primavera a gente só vende o ingresso, nunca ganha. Então as histórias de casa elas são particulares porque são únicas", conta.

Já o Alimento é Saúde traz o legado afro-brasileiro na culinária, em Minas Gerais, através do projeto Kitutu, criado pela culinarista descendente de quilombolas Kelma Zenaide no município de Santa Luzia.

"Algumas pessoas acham que eu trabalho com culinária africana. Não, mas eu trabalho com a questão da diáspora. Então tem muitas papas também. Eu trabalho muito com milho branco. Trabalho muito com milho branco com dendê também que não tem aqui plantação de dendê aqui em Minas Gerais, mas eu trabalho muito isso por quê? Porque é esse resgate mesmo do que vem do outro continente dessa transformação que a gente faz aqui e vai utilizando porque o nosso corpo pede porque o DNA sente essa falta, né? Do que a gente carrega do outro lado", explica Kelma. 

No Momento Agroecológico, você vai ver a importância dos fundos solidários para a saúde financeira de pequenos agricultores do sertão paraibano. 

Comida de Verdade

E tem Comida de Verdade, a chef Letícia Massula, do Blog Cozinha da Matilde, traz o passo a passo para fazer uma salada de pepino. Confira as duas versões de pepino com coalhada.

Ingredientes – porções 

Versão 1:

1 pepino cortado em cubinhos
½ xícara de iogurte natural ou coalhada
½ dente de alho picadinho
Sal
Raspas de limão
Azeite
Pimenta do reino
Folhas de hortelã inteiras e laminadas

Versão 2: tzatzik

1 pepino ralado e escorrido
1 a 2 colheres de coalhada seca
½ dente de alho picadinho
Sal
Azeite

Modo de preparo:
Para a versão picadinha, árabe você junta o pepino em cubinhos + raspas de limao + hortelã laminada finamente + alho + sal e azeite – junta coalhada ou iogurte mistura tudo, experimenta o sal e finaliza com muitas folhas de hortelã.

Pro tzatizk, a versão grega, você pega o pepino ralado e deixa escorrer o excesso de líquido pra não ficar uma pasta aguada.

Aí junta alho picadinho, azeite, coalhada seca sem exageros – ela rende muito quando mistura – e tempera com sal e azeite, é só isso.

Dicas
Para o tzatizk, o ideal é deixar o pepino ralado escorrer um pouco em uma peneira pra não ficar uma pastinha aguada.

Cuidado com o alho nas duas receitas, como é cru, se exagerar vai matar o sabor.

Pro tzatziki, basta uma no máximo duas colheres de coalhada seca, parece pouco, mas quando a gente mistura ela rende bastante.

Origem das receitas: essa mistura de pepino com coalhada é muito o sabor do oriente médio, vários países da região e do mediterrâneo têm a sua versão. Vou ensinar duas, uma com o iogurte ou a coalhada fresca e o outro, uma versão grega com a coalhada seca.

A versão grega se chama Tzatziki e é a pastinha que acompanha o Gyros, o verdadeiro churrasco grego!

Onde assistir 

Nas redes sociais do Brasil de Fato (Facebook e YouTube); na TVT, no canal 44.1 – sinal digital HD aberto na Grande São Paulo e canal 512 NET HD-ABC; na TVCom Maceió, no canal 12 da NET; na TV Floripa, também no canal 12 da NET; na TVU (Universitária) Recife no canal 40 UHF digital; na TVE Bahia, no canal 30 (7.1 no aparelho) do sinal digital, e UnBTV em Brasília no Canal 15 da NET. 

Quando

Na TVT: sábado às 13h30; com reprise domingo às 6h30 e terça-feira às 20h. 

Na TVCom: sábados às 10h30, com reprise domingo às 10h. 

Na TVU Recife: sábados às 12h30, com reprise terça-feira às 21h. 

Na TVE Bahia: sábado às 12h30, com reprise quinta-feira às 7h30. 

Na UnBTV: sextas-feiras às 10h30 e 16h30.

Sintonize 

No rádio, o programa Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista. 

O programa também é transmitido pela Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer. 

Assim como os demais conteúdos, o Brasil de Fato disponibiliza o programa Bem Viver de forma gratuita para rádios comunitárias, rádios-poste e outras emissoras que manifestarem interesse em veicular o conteúdo. Para fazer parte da nossa lista de distribuição, entre em contato pelo e-mail: [email protected].

Edição: Marina Duarte de Souza