O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, confirmou nesta terça-feira (22/11) que a cúpula da Aliança do Pacífico, que tinha seu início programado para a próxima sexta-feira (25/11) em seu país, teve que ser suspensa.
A razão de tal decisão, segundo Obrador, é a impossibilidade de contar com a presença do presidente do Peru, Pedro Castillo, que não teve a sua viagem aprovada pelo Congresso do seu país.
“A reunião da Aliança do Pacífico foi suspensa porque o presidente do Peru não foi autorizado a comparecer”, afirmou Obrador.
O presidente mexicano também lembrou que o evento em seu país deveria terminar a entrega da presidência pró-tempore da organização justamente para o Peru.
“Estamos estudando a possibilidade de realizar um ato no Peru”, comentou López Obrador, em uma entrevista coletiva, ao ser perguntado sobre quais poderiam ser as alternativas para resolver o atual impasse.
O Peru vive uma tensão política desde o começo deste ano. Em 29 de março, o presidente Pedro Castillo teve seu primeiro pedido de impeachment rejeitado pelo Congresso, mas a situação se tornou mais tensa no último dia 16 de novembro, quando o parlamento aceitou a denúncia constitucional do Ministério Público, que acusa o mandatário de liderar uma organização criminosa. O processo poderia terminar com a sua destituição do cargo.
Apesar da suspensão da cúpula, Obrador garantiu que parte da agenda do evento será mantida, incluindo reuniões entre ele e os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do Chile, Gabriel Boric, que mantiveram o México como destino de suas próximas viagens internacionais, nos próximos dias.
Também está programada uma reunião bilateral entre Obrador e Guillermo Lasso, presidente do Equador, que deseja formalizar o ingresso do seu país no bloco comercial.
A Aliança do Pacífico nasceu em 2012, como uma iniciativa econômica e de desenvolvimento entre quatro nações latino-americanas: Chile, Peru, Colômbia e México.
Anos depois, Cingapura e Equador foram aceitos como estados associados – a nação asiática abriu espaço para outras candidaturas de fora do continente, como Nova Zelândia e Coreia do Sul.
