Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
No Result
View All Result
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
No Result
View All Result
Brasil de Fato
Início Cidades

ESCASSEZ

Comunidade de Brumadinho vive de caminhões-pipa desde que a Vale contaminou o reservatório

Moradores do Tejuco protestaram na segunda (21) pela recuperação das nascentes e contra a gestão da água pela Copasa

23.nov.2022 às 13h48
Belo Horizonte (MG)
Rafaella Dotta

Crédito - Reprodução

A população da comunidade Tejuco, de Brumadinho (MG), manteve três estradas paralisadas na segunda-feira (21) durante 12 horas. Foram bloqueadas as principais vias utilizadas pelas mineradoras nos arredores da comunidade, para denunciar a escassez e a contaminação da água, ao que tudo indica, por responsabilidade da Vale.

Desde o rompimento da barragem no Córrego do Feijão, em 2019, os moradores do Tejuco vivem com falta de água. As nascentes secaram e o local passou a ser abastecido por caminhões-pipa, assumidos pela prefeitura e pela Copasa que, segundo moradores, nunca foram suficientes.

Quase dois anos depois, em dezembro de 2020, outro grave episódio aconteceu. Para tentar manter a lama tóxica longe das nascentes da comunidade, a mineradora Vale construiu uma caixa de contenção. Ao realizar a limpeza da caixa, funcionários da Vale teriam despejado a lama diretamente no reservatório de água do Tejuco.

O resultado foi desastroso para a comunidade. “Eles contaminaram toda a nossa rede de tubulação com lama, pedaços de pedra e minério”, descreve o morador Evandro França de Paula, membro da Comissão pela Água do Tejuco. “A caixa de distribuição que sustenta a comunidade ficou toda enlameada. As caixas d'água de 700 famílias. A lama entupiu as torneiras, o chuveiro, o aquecedor solar”, conta.

Hoje, a comunidade tem sido abastecida por caminhões-pipa da Vale, contudo, por meio da rede de distribuição que não passou por descontaminação após o incidente. Um estudo encomendado pela Associação e Comissão da Água do Tejuco, constatou um volume nocivo de alumínio, ferro e manganês, bem acima do que dos valores máximos indicados pelo Ministério da Saúde.

A falta de água também continua sendo uma realidade. “Tem dia que às 17h já não tem mais água e não temos retorno do porquê a água acabou”, lamenta Evandro.

Pela volta da gestão comunitária

Para tentar uma solução para o problema, foi assinado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre Vale, Copasa, Ministério Público (MP), Defensoria Pública e a empresa de consultoria Aecom Brasil Ltda, no qual planejam a perfuração de dois poços artesianos, feitos pela Vale, que os entregaria à Copasa para gestão e abastecimento do Tejuco.

Os protestos da segunda (21) reivindicam a revisão desse TAC. O advogado Marco Antônio Cardoso, membro da Comissão pela Água do Tejuco, afirma que a comunidade não participou das tratativas do termo e a solução não é bem-vinda.

:: Receba notícias de Minas Gerais no seu Whatsapp. Clique aqui ::

“Queremos que a mineradora recupere o que ela danificou [nascentes e a rede de distribuição], que nós possamos ter novamente a gestão comunitária das nascentes, que o TAC seja revisto e reaberto, pois as reivindicações comunitárias não foram atendidas. Infelizmente, o MP e a Prefeitura de Brumadinho estão sendo complacentes com a violação de direitos das mineradoras na região”, relata o advogado, que também é membro jurídico da Região Episcopal Nossa Senhora do Rosário (Renser).

Dentro dessas reivindicações, está também o fechamento de uma estrada dentro da comunidade que foi reaberta após o rompimento, com o objetivo de agilizar as ações de reparação – buscas pelas vítimas e a retirada da lama, por exemplo. No entanto, a estrada continua sendo usada pelos caminhões das mineradoras, causando transtornos.

Questionado pela reportagem, o Ministério Público de Minas Gerais argumentou que já realizou diversas reuniões com os moradores do Tejuco e está à disposição. Informou ainda que "os argumentos levantados pela comunidade serão analisados".

Na mesma linha, respondeu a Defensoria Pública de Minas Gerais, que também garante já ter promovido reuniões com a comunidade. “A princípio, atuamos por uma solução consensual capaz de agilizar o atendimento à demanda”, defendeu em nota. Tanto o Ministério Público quanto a Defensoria foram perguntados se irão pedir a revisão do TAC, mas não responderam diretamente sobre esse assunto.

:: Leia mais notícias do Brasil de Fato MG. Clique aqui ::

Em nota, a Copasa informa que as obras de implantação de um novo sistema de abastecimento para atender a comunidade do Tejuco consta no quarto aditivo do Termo de Compromisso assinado pela Vale e  pelo Ministério Público, homologado judicialmente.

A companhia diz ainda que, nesse documento, a Vale assumiu a responsabilidade de implantar as obras, que estão sendo acompanhadas pela Copasa e auditadas por uma assessoria técnica independente a serviço do MPMG.

Em nota, a Prefeitura de Brumadinho disse que "encara o protesto dos moradores da Comunidade do Tejuco legítima, dentro do que prega a Constituição referente ao livre direito de manifestação. Entretanto, salienta que, em nenhum momento os moradores da localidade ficaram desassistidos com relação ao abastecimento de água". Disse ainda que a prefeitura, "no que tange às questões do pós-rompimento da barragem de Córrego do Feijão, é mera observadora (apesar de protestar junto ao estado e demais atores), não tendo sido referenciada no citado Termo de Ajustamento de Conduta". 

A Vale também foi questionada, mas não respondeu até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.

Contaminação por metais pesados

Marco Antônio lembra ainda que o Tejuco, assim como outras comunidades de Brumadinho, vive as consequências do contato com a lama tóxica. Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ) mostrou que a população de Brumadinho sofre com os níveis de metais pesados no organismo acima do tolerável.

Foram observadas amostras de sangue e urina de 3.297 pessoas, que apresentaram concentração elevada de metais, acima dos limites de referência em todas as faixas etárias, nas quatro regiões estudadas: Parque da Cachoeira, Córrego do Feijão, Tejuco e Aranha. Constatou, ainda, excesso de doenças respiratórias e mentais.

Mais de 50% das crianças de 0 a 6 anos apresentaram amostras urinárias com pelo menos um metal acima do valor de referência. Arsênio foi encontrado acima do limite em 41,9% das amostras analisadas e o chumbo em 13% delas.

(Matéria atualizada em 28 de novembro de 2022, para incorporação da resposta da Prefeitura de Brumadinho)

 

Editado por: Larissa Costa
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

LITERATURA

‘Brucutu Rei’ junta horror e comédia para narrar a história de um monstro

futuro possível

Feira da Reforma Agrária: o socialismo que dá certo

A CIDADE TEM MEMÓRIA

No Recife (PE), João Campos celebra parque conquistado pelo Ocupe Estelita, mas apaga luta popular

PT

“O PT deixou de estar na base, de consultar os filiados, os trabalhadores,” diz Rui Falcão

CINEMA

Sala Redenção traz para Porto Alegre a mostra gratuita ‘Recortes do Cinema Hispânico’

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

No Result
View All Result
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Radioagência
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.