PIOROU

ONU: 339 milhões dependerão de ajuda humanitária em 2023

Com aumento de 19% em relação a 2022, número é equivalente à população dos EUA

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Cerca de 43% das pessoas atendidas pelos programas humanitários da ONU estão no continente africano - Rakesh Sahai / OCHA ONU

O escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários publicou, nesta quinta-feira (1º), um levantamento confirmando que 339 milhões de pessoas deverão depender de ajuda humanitária em 2023, o que representa uma em cada 23 pessoas em todo o planeta. A cifra representa um aumento de 19% em relação a este ano, quando 157 milhões de pessoas foram atendidas por programas de ajuda humanitária do organismo. Além disso, a ONU aponta que 222 milhões de pessoas estarão em situação de insegurança alimentar no próximo período.

"As necessidades aumentaram porque estamos submetidos à emergência climática, guerra na Ucrânia e à covid-19. Temo que o próximo ano representará o maior programa humanitário", disse o coordenador de Assuntos Humanitários da ONU, Martin Griffiths.

Com o anúncio, as Nações Unidas iniciaram uma campanha para arrecadar US$ 51,5 bilhões para oferecer apoio a 230 milhões de pessoas em 69 países, sendo que 43% estão concentradas no continente africano. A Etiópia teria a maior parcela do orçamento humanitário da ONU com 28,6 milhões de pessoas em situação de miséria, seguida do Afeganistão com 28,3 milhões de dependentes de ajuda humanitária e a República Democrática do Congo com 28,4 milhões de pessoas em situação de pobreza. 

Já na América Latina, o país com situação mais crítica é o Hait, que teve um aumento de 30% na demanda por ajuda humanitária após sofrer com dois terremotos neste ano, e ter 5,2 milhões de pessoas dependentes de programas humanitários.

Edição: Thales Schmidt