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ARCO DO DESMATAMENTO

Incentivadas por Bolsonaro, invasões “engolem” metade dos castanhais de indígenas no AM

Safra da castanha começa em janeiro e está ameaçada por invasores vindos de distrito beneficiado por programa federal

07.dez.2022 às 18h32
Lábrea (AM)
Murilo Pajolla

Acampamento de madeireiros registrado em março de 2022 na Terra Indígena Sepoti - Imagens cedidas

A safra de castanha do Brasil na Terra Indígena (TI) Sepoti, no sul do Amazonas, fica menor a cada ano que passa. Principal fonte de renda do povo Tenharim, o extrativismo ajuda a manter a floresta em pé em pleno arco do desmatamento, mas está ameaçado pelas crescentes invasões. 

Lideranças ouvidas pelo Brasil de Fato estimam até 50% dos castanhais manejados há mais de um século pelo povo já tenham sido "engolidos" por grileiros, madeireiros e pecuaristas, que atuam de forma ilegal dentro da TI, demarcada e homologada. 

Leia mais: Bolsonaro deixará o governo com aumento de 60% no desmatamento da Amazônia

A próxima safra da castanha será coletada entre janeiro e março. Mas os indígenas temem pela segurança de quem vai adentrar na mata para fazer a coleta. 

"A gente teme entrar em conflito com os invasores. Os dois lados podem não se entender e acabar acontecendo coisas que a gente não quer", afirma, apreensivo, Edvaldo Tenharim, vice-cacique da aldeia Estirão Grande e presidente da associação dos Tenharim da TI Sepoti. 

Veja os vestígios de invasores flagrados pelos indígenas:

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Incursão pelo território revelou invasões 

O Conselho Missionário Indigenista (CIMI), em parceria com os indígenas, fez uma incursão pelo território invadido em março deste ano. O grupo mapeou a existência de pontes, estradas e acampamentos feitos invasores e entregou os dados georreferenciados às autoridades federais. 

"Tem três fazendas, até com gado, dentro dos nossos castanhais. Sabemos que um castanhal já foi todo queimado, já se foi. Então a gente está num prejuízo incalculável desses danos que continuam aumentando”, afirma Edvaldo Tenharim. 

Segundo ele, a cada safra, o grau de dificuldade para acessar os castanhais aumenta.  "Aqui o transporte é aquático, por dentro dos igarapés. Os invasores constroem pontes sobre o rio onde a gente vai passar com as canoas. Todo ano a gente tem que 'torar' [quebrar] essas pontes", conta a liderança. 

:: Expedição flagra desmatamento ilegal e ribeirinhos pedem nova reserva sustentável na Amazônia ::

O relatório do Cimi identificou que as estradas ilegais abertas nos castanhais da TI Sepoti têm como origem o distrito de Santo Antônio do Matupi, localizado no km 180 da BR-230, a rodovia Transamazônica. O povoado, abrangido pelo município de Manicoré (AM), nasceu da atividade madeireira ilegal e continua se expandindo para dentro da floresta, impulsionado pela criação de gado. 

“O Matupi se tornou um grande problema para nós. A cada ano que se passa está pior, e agora parece que não tem solução. A gente já denunciou para a Funai e para Ministério Público Federal. Até o momento as denúncias estão sem resposta”, afirma Edvaldo. 

A TI Sepoti aparece frequentemente no ranking de terras indígenas mais pressionadas pelo desmatamento. Segundo o último boletim trimestral divulgado pelo Imazon em agosto deste ano, o território foi a 10ª área indígena com mais ocorrências de desmatamento no Brasil. 

Invasores foram beneficiados por Bolsonaro 

Santo Antônio do Matupi foi um dos primeiros distritos de Manicoré (AM) a ser atendido pelo programa Titula Brasil, implementado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). Na prática, a iniciativa serviu como incentivo à grilagem ao regularizar terras públicas invadidas.

Após a vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022, moradores do distrito de Matupi fecharam a BR-230 contra o resultado das urnas, engrossando protestos golpistas protagonizados por latifundiários em diferentes regiões da Amazônia. 

:: Titula Brasil promove conflitos de interesse, grilagem e violência contra povos do campo ::

Segundo Edvaldo Tenharim, os sucessivos apelos dos indígenas foram ignorados pela Funai. Ele afirma que a atuação do órgão indigenista na região já era deficitária, mas "piorou muito" com o governo Bolsonaro. “Ficou pior porque o governo atual é voltado para o agronegócio", avalia. 

"A Funai local alega que não tem recurso. Foi feito até um levantamento para fazer uma fiscalização com a Polícia Federal [na TI Sepoti]. Quando chegou na data marcada, isso não ocorreu. A Funai de Brasília não disponibilizou recurso", lamenta a liderança. 

"Estamos em cima do que é nosso"

A aldeia Estirão Grande, onde vive Edvaldo Tenharim, é o lar de cerca de 50 indígenas, divididos em 14 famílias. A liderança afirma que os moradores estão dispostos a ir até às últimas consequências contra os invasores. A motivação vem do caráter ancestral da terra, deixada para eles pelos antepassados Tenharim.

"Se deixar levar do jeito que está, daqui 10 anos não existe mais nada [na Terra Indígena]. E aí acaba o povo dessa terra. Nós somos povos de raiz, povos originários daqui. Estamos em cima do que é nosso", enfatiza Tenharim.  

:: O que não indígenas deveriam aprender com os povos originários para impedir a queda do céu? ::

"Essa terra foi uma luta nossa, uma conquista deixada para nós pelos nossos ancestrais. Principalmente pela nossa avó, que lutou muito para esse território ser demarcado. Hoje ela faleceu e está enterrada aqui na nossa aldeia. É toda uma história que está cravada e que a gente vai levar de geração em geração", garante a liderança indígena. 

Outro Lado

A reportagem procurou o governo federal e a Funai. Caso haja resposta, o texto será atualizado. 

Editado por: Thalita Pires
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