1º de janeiro

Saiba como será a cerimônia de posse presidencial

Luiz Inácio Lula da Silva entrará na Câmara dos Deputados como presidente eleito e sairá como presidente da República

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

Ouça o áudio:

O evento protocolar que ocorre dentro do Congresso Nacional será transmitido por telões para a população que estará na Esplanada dos Ministérios, em Brasília - José Cruz / Agência Brasil

A posse do novo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e de seu vice, Geraldo Alckmin, está marcada para acontecer em Brasília a partir das 15 horas deste domingo, dia 1º de janeiro de 2023. 

De acordo com informações do Senado Federal, a cerimônia está sendo pensada desde o início deste ano em parceria entre a própria Casa, a Câmara dos Deputados e o Palácio do Itamaraty. A organização conta também com a participação do governo de transição, que aponta as principais demandas existentes para a posse do novo governo. 

A cerimônia, que conta com um esquema de segurança executado pela polícia legislativa, começa na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, localizada na Esplanada dos Ministérios. É de lá que a comitiva do futuro presidente da República sai em direção ao Congresso Nacional. Se a escolha de Lula for desfilar em carro aberto, é neste momento em que o Rolls-Royce Silver Wraith de 1952, mantido pelo Ministério da Defesa, entra em cena.

:: Ritos institucionais, shows, segurança: conheça os detalhes da preparação para a posse de Lula ::

Ao chegar, o cortejo será recepcionado pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco e pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Este processo inicial é acompanhado também por autoridades do primeiro escalão, como o presidente do Supremo Tribunal Federal e o procurador-geral da República. 

A partir daí, Lula e Alckmin serão encaminhados até o plenário da Câmara dos Deputados, onde ocorrerá a cerimônia formal de posse presidencial, que dura cerca de uma hora. Neste momento, Rodrigo Pacheco deve declarar aberta a sessão, faz-se a execução do hino nacional e na sequência é realizada a leitura do termo de posse, a coleta das assinaturas e os respectivos discursos. 

No plenário estarão presentes autoridades públicas como ministros dos tribunais superiores, parlamentares que estão findando seu mandato, novos parlamentares empossados, os ministros que também estarão tomando posse pelo novo governo, além dos novos governadores já empossados. Autoridades internacionais e convidados pessoais de Lula e Alckmin também devem compor os convidados.

:: Brasília: veja como vai ser o esquema de segurança para a posse de Lula ::

Luiz Inácio Lula da Silva entrará no plenário da Câmara dos Deputados como presidente eleito e sairá como presidente da República do Brasil. Esta parte do evento protocolar será transmitida por telões para a população que estará do lado de fora do Congresso Nacional. 

Ao saírem do plenário, ocorre a cerimônia das honras militares. Após este momento, que já acontece do lado de fora do Congresso, presidente e vice devem se despedir das demais lideranças e seguirem com suas esposas para o Palácio do Planalto É lá que Lula e Alckmin subirão a rampa e quando acontece a transmissão da faixa presidencial. 

Vale ressaltar que o futuro ex-presidente, Jair Bolsonaro, não é obrigado a participar da cerimônia e passar a faixa. Em 1985, no final da ditadura civil-militar, o general João Batista Figueiredo se recusou a participar e José Sarney teve a faixa entregue por um funcionário do Palácio do Planalto.

:: Ministério do novo governo: Lula anuncia 16 nomes e conclui montagem do primeiro escalão ::

Já com a faixa presidencial, Lula deve realizar, do Palácio do Planalto, localizado na Praça dos Três Poderes, seu discurso à população. A fim de valorizar a presença dos representantes de outros países, o presidente deve cumprimentar tais autoridades, visando aberturas diplomáticas para os próximos anos. 

Esta será a última posse a ser realizada no primeiro dia do ano. A partir de 2027, o presidente deverá assumir o cargo no dia 5 de janeiro, enquanto os governadores serão empossados no dia 6. A mudança, anunciada por Rodrigo Pacheco, tem como objetivo motivar uma maior participação popular e de outras autoridades, tendo em vista as festividades de Ano Novo.

Edição: Thalita Pires