Dois meses após a derrota no primeiro turno na disputa pelo governo do Rio de Janeiro, o ex-deputado federal Marcelo Freixo anunciou que vai se filiar ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Freixo havia se filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), há cerca de seis meses, para disputar as eleições. Após a derrota nas urnas, ele se dedicou à campanha de Lula e, depois, passou a integrar a equipe de transição na área do Turismo. Na última semana, foi indicado pelo governo para presidir a Embratur, a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo.
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Em entrevista ao jornal O Globo, Freixo explicou que a mudança se dá por insatisfações com a antiga legenda. Além disso, enxerga o PT como único partido capaz de liderar alianças para derrotar o bolsonarismo nas próximas eleições.
Também mencionou a relação difícil com o presidente da sigla no Rio, Alessandro Molon. “O PSB foi para um lugar em que eu não me enxergo mais”, afirmou ao jornal.
Freixo e Molon tiveram discordâncias em relação à candidatura do partido ao Senado nas eleições de outubro. Enquanto Freixo defendeu o apoio a André Ceciliano (PT), Molon bateu o pé e se candidatou à vaga. O entrave complicou a aliança entre as siglas no estado. O vencedor da disputa foi o senador reeleito Romário (PL), com 36,15% dos votos. Molon teve 26,26%.
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“Eu tive problemas porque o acordo passava pela candidatura ao Senado e não foi cumprido pelo Molon e, portanto, pelo PSB. O Siqueira é testemunha e reafirmou isso a mim. Isso levou a uma relação muito ruim”, disse em outro trecho da entrevista.
Freixo foi filiado ao PT de 1986 a 2003. Em seguida, integrou o Psol, partido criado em 2005 da dissidência de alas mais à esquerda do PT, durante 16 anos. Tornou-se um dos nomes mais proeminentes da sigla. Saiu do partido em junho de 2022 para concorrer às eleições estaduais pelo PSB. Foi derrotado no 1º turno com 27,39% pelo governador Cláudio Castro (PL), que recebeu 58,69%.
