GOLPISMO

Dino reage a atos antidemocráticos em SP: "extremistas não vão mandar no Brasil”

Ministro da Justiça diz que pasta está mobilizada e pede que pessoas agredidas registrem ocorrência em delegacias

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Flávio Dino: "Reiteramos que liberdade de expressão não abrange agressões físicas, sabotagens violentas e golpismo político" - Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse neste sábado (7) nas redes sociais que a pasta está mobilizada para atuar diante de atos antidemocráticos, como os registrados em São Paulo na noite dessa sexta-feira (6).

“Desde cedo, eu e os diretores gerais da PF e da PRF estamos em diálogo e definindo novas providências sobre atos antidemocráticos que podem configurar crimes federais. Vamos manter a sociedade informada. Pequenos grupos extremistas não vão mandar no Brasil”, afirmou.

Na noite de sexta-feira (6), vídeos publicados nas redes sociais mostraram uma mobilização de pessoas interrompendo o trânsito na via de acesso ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

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Nas imagens, as pessoas se identificam como parte de grupos que não aceitam o resultado das eleições presidenciais de outubro passado e pedem a saída do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em uma das carreatas, um bolsonarista agrediu uma mulher que tentava defender uma idosa, também atacada por um fanático. 

Na postagem, Flávio Dino citou o registro de atos políticos em outras localidades “inclusive com absurdas agressões” e pediu que pessoas agredidas procurem delegacias para o registro das ocorrências – se possível, com imagens.

“Reiteramos que liberdade de expressão não abrange agressões físicas, sabotagens violentas, golpismo político”, afirmou.

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“Depois do registro da ocorrência policial, sugiro o envio ao Ministério Público que, certamente, vai atuar contra arruaceiros nas suas cidades“, disse Dino. “Sobre crimes federais, estamos tomando todas as providências, inclusive na manhã deste sábado”, completou.

Ainda por meio do Twitter, o ministro informou que, desde cedo, está em contato com os diretores-gerais da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal para definir providências sobre o que chamou de “atos antidemocráticos que podem configurar crimes federais”.

Com Agência Brasil e Revista Fórum