golpismo

Alexandre de Moraes determina prisão de Anderson Torres, ex-secretário de segurança do DF

Ainda nesta terça, PF cumpriu mandado na residência de Torres, ex-ministro de Bolsonaro; ele está no exterior

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

Ouça o áudio:

Prisão de Torres deverá ser cumprida quando ele retornar ao Brasil - Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF), Anderson Torres, por omissão no episódio dos ataques terroristas de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) em Brasília no último domingo (8).

Continua após publicidade

Torres, que foi exonerado ainda no domingo pelo então governador Ibaneis Rocha (MDB), foi ministro da Justiça no governo de Bolsonaro e, assim como o ex-presidente, estava nos Estados Unidos quando o episódio aconteceu. Segundo disse ao Uol, ele está em viagem de férias, sem qualquer relação com o deslocamento do ex-chefe. Entretanto, matéria do próprio Uol informa que ex-aliados de Bolsonaro informaram o Palácio do Planalto de que Torres e Bolsonaro tiveram um encontro nos EUA no sábado (7), véspera dos atos de vandalismo perpetrados por extremistas contra as sedes dos três Poderes.

Justamente por estar fora do Brasil, Torres não será preso imediatamente. A ordem expedida por Moraes só poderá ser cumprida quando ele retornar ao país. O ministro do STF atendeu pedido do advogado-geral da União, Jorge Messias, que solicitou a prisão em flagrante de todos os agentes públicos que participaram ou se omitiram durante os episódios de vandalismo bolsonarista no último domingo.

Mais cedo foi confirmada a ordem de prisão do ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal Fabio Augusto Vieira, também em decisão de Alexandre de Moraes. Assim como Torres, ele tinha sido exonerado do cargo após a barbárie do último domingo.

Ainda nesta terça-feira, agentes da Polícia Federal (PF) chegaram à residência de Torres para uma ação em busca de provas sobre suposta articulação criminosas entre agentes do governo do DF com os extremistas que atacaram a capital federal.

 

Edição: Thalita Pires