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Envolvido no Massacre do Carandiru, PM da reserva é nomeado e trabalhará no governo de Tarcísio

Sérgio de Souza Merlo é acusado de integrar equipe que fez varredura nos pavilhões e agredir presos que sobreviveram

São Paulo | SP |

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Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo - Ministério da Infraestrutura

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nomeou o coronel da reserva da Polícia Militar Sérgio de Souza Merlo, um dos 120 policiais acusados no processo que investiga a morte de 111 homens no Massacre do Carandiru, para um cargo na Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).

A nomeação foi assinada no último sábado (14) por Tarcísio de Freitas e determina que Merlo atuará como assessor técnico de gabinete da SAP. O órgão terá como secretário o também coronel da reserva da Polícia Militar Marcello Streifinger, mantendo a linha de militarização do governo paulista.

Merlo foi acusado pelo Ministério Público (MP) de participar da ação que resultou no Massacre do Carandiru. De acordo com o órgão, o coronel não atuou dentro da penitenciária durante o assassinato dos 111 presos, mas integrava uma equipe responsável por percorrer os corredores dos pavilhões após as mortes.

De acordo com o MP, Merlo e a equipe que fez varredura do local teriam agredido e torturado presos que sobreviveram ao massacre. Em 2014, seu processo foi extinto, ainda na primeira instância, por prescrição do crime.

Edição: Thalita Pires