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Início Política

Unilab

Servidores denunciam assédio moral e perseguição na Unilab

Luma Andrade, primeira doutora travesti do Brasil, relata transfobia e desmonte na Universidade

17.jan.2023 às 11h11
Brasil de Fato, Fortaleza, Ceará
Amanda Sobreira

Em ato público realizado no último dia 12, Luma Andrade, primeira travesti doutora do Brasil, denunciou casos de perseguição e transfobia na Unilab - Divulgação

No mês da visibilidade trans, a primeira doutora travesti do Brasil, a professora universitária Luma Andrade denunciou, em carta pública, uma série de casos de assédio moral, perseguição e transfobia que ela relata sofrer, na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), em Redenção, no interior do Ceará.

De acordo com a professora, os ataques acontecem desde que ela se candidatou ao posto de diretora do Instituto de Humanidades (IH) da Universidade e continuaram depois da sua eleição, resultando no desmonte do Instituto, em virtude das medidas que impedem o pleno funcionamento do órgão. Na denúncia, Luma diz que a gestão anterior do IH se negou a realizar a transição para a nova gestão. Além disso, despachos solicitando técnicos ou servidores não são atendidos e para piorar a situação, a reitoria da Universidade teria removido todos os técnicos administrativos (TAEs) do Instituto para a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPPG). 

A professora alega ainda que a falta de servidores está prejudicando o empenho de recursos e consequentemente, os projetos do Instituto de Humanidade, que atende hoje, 1200 universitários. “Eu sou professora desde 98, e mesmo naquela época e até agora, eu nunca havia sofrido nada que impedisse ou desqualificasse o meu trabalho. Estou com duas funcionárias grávidas sobrecarregadas e duas estagiárias para todas as demandas do IH, o maior da Universidade”, explica Luma. 

Ainda segundo a discente, as denúncias são endossadas por toda a diretoria eleita e pelo Conselho de Unidade Acadêmica do Instituto, que apontam a completa precarização do IH, causando prejuízo no serviço administrativo de todos os cursos, docentes e discentes vinculados.  “São ataques que ferem, através de mim, naquilo que pode ser configurado como assédio moral e até mesmo transfobia, as dinâmicas e o funcionamento de um setor institucional universitário que atende aos cursos das Ciências Humanas”, destaca a professora.

A terapeuta ocupacional Karla Florentino é uma das servidoras que alega ter sido removida à revelia, sem que ela ou sua chefia fossem comunicadas do fato. Ela é a única terapeuta ocupacional da instituição e trabalha na divisão de saúde, segurança e qualidade de vida do servidor, mas foi removida para assumir função gratificada na diretoria do IH. “Não é razoável ao interesse público que a única servidora da universidade que exerce função de Terapeuta Ocupacional para todos os campi da Unilab seja removida para assumir cargo na direção do instituto acadêmico. Nosso caso não é o primeiro e não podemos calar diante de qualquer injustiça, retaliação, perseguição, autoritarismo ou arbitrariedades que ocorram na Universidade ou fora dela”, destaca a servidora. 

As servidoras acreditam que a remoção de ofício executada pela Reitoria é uma retaliação política àquelas que atuam como dirigentes sindicais e participaram ativamente da campanha do presidente Lula, nas eleições de 2022. “Nós encampamos lutas em prol de condições dignas de trabalho, respeito, valorização, dignidade e diálogo. Estivemos à frente da mobilização contra a implantação tempestiva do ponto eletrônico no início de novembro. Não há dúvidas: a remoção de ofício perpetrada pela Reitoria é a pura retaliação às lutadoras da universidade”, ressalta Karla.

Em nota enviada ao Brasil de Fato, o reitor da Unilab, Roque do Nascimento, disse que sua gestão “é compromissada com a interculturalidade, a cidadania, o pluralismo, a democracia e a tolerância das sociedades” e que “repudia todo e qualquer ato de discriminação com base em religião, gênero, orientação sexual, raça, etnia ou nacionalidade”. 

No documento, o reitor alega que atendendo às solicitações da gestão do IH, abriu um processo seletivo para a recomposição do Instituto, mas que não houve nenhuma inscrição para concorrer às vagas. Depois do pleito eleitoral, diz a nota do reitor, houve a indicação de remoção de duas servidoras para compor o IH, mas antes mesmo do processo ser analisado, houve a “antecipada manifestação contrária da direção do IH”. O reitor informa ainda que a Superintendência de Gestão de pessoas da Universidade e a Divisão de Dimensionamento e Movimentação de Pessoal está aperfeiçoando os fluxos das remoções no âmbito da Universidade e que a Procuradoria Jurídica da Unilab deu parecer favorável a remoção “alinhando as necessidades da Administração aos recursos humanos disponíveis.”

Relatos de perseguição se tornaram comuns dentro da Unilab. Outra servidora que não quer se identificar perdeu a indicação a um cargo, por se manifestar a favor dos colegas que relatam perseguições ou discordam de decisões da reitoria. Em outra denuncia, servidores relatam um clima de terror e troca de cargos após a derrota de Bolsonaro nas eleições.  O BDF apurou que as denúncias relatadas acima ainda não foram enviadas ao Ministério da Educação, mas o reitor Roque do Nascimento, responde por outras investigações preliminares da corregedoria do MEC, ou seja, o órgão recebeu denúncias envolvendo o nome do reitor, mas ainda precisa avaliar a admissibilidade dos casos.

Em nota, o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (ADUFC – Sindicato) se solidarizou com as servidoras e lamentou o cenário de contínuos ataques às Universidades, com intensas práticas arbitrárias de gestão em diversas partes do país. Disse ainda que embora o Sindicato reconheça a urgência na remoção interna de técnicos para atender a demanda do IH, se faz necessária “o caráter democrático da realização de consulta aos(às) servidores(as) e de suas chefias imediatas, com posterior consentimento, para que seja efetuada”. O Sindicato considera que mesmo que a remoção tenha sido suspensa, “o ato de violência foi cometido e implica outras medidas pelos danos (morais, psicológicos e de saúde) causados tanto às servidoras quanto ao setor que segue sem ter sua solicitação atendida”.Em pleno mês da visibilidade trans, a mobilização lotou o simbólico auditório do Campus da Liberdade da UNILAB, localizado em Redenção, e contou com a participação de autoridades, instituições governamentais e não governamentais de Direitos Humanos.

Unilab

Criada em 2010 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com uma proposta avançada de ensino e uma constante troca cultural, a Unilab vem sofrendo com cortes de recursos, políticas contrárias aos seus princípios e ingerência de gestões conservadoras. As crises se iniciam nos governos dos ex-presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro.

Editado por: Camila Garcia
Tags: direitos humanostransfobia
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