Rio de Janeiro

Crise das barcas

Usuários das barcas protestam contra suspensão do serviço em frente ao Palácio Guanabara

Negociações entre governo do RJ e CCR não foram resolvidas faltando duas semanas para o fim do contrato de concessão

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Os manifestantes, que são usuários diários do transporte, pedem por transparência no acordo entre o governo estadual e a CCR - Divulgação/ Isabela Oliveira

Faltando cerca de duas semanas para o fim do contrato de concessão da operação das barcas, as negociações entre o governo do Rio de Janeiro e a operadora CCR ainda não foi resolvido. Nesta terça-feira (24), um ato foi organizado em frente ao Palácio Laranjeiras, sede do governo estadual, na zona Sul da capital, para protestar por uma resolução e apontar o impacto que uma possível pausa na circulação do transporte pode causar. 

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Além disso, os manifestantes, que são usuários diários do transporte, pedem por transparência no acordo entre o governo estadual e a CCR. Compareceram em peso moradores da Ilha de Paquetá, que dependem exclusivamente das barcas para sair do bairro até a região central da capital.

“A situação das barcas é dramática. Até hoje o governo não informou como irá garantir a manutenção do serviço das barcas para a população. Nossa luta é pela manutenção do serviço, melhora na qualidade e ampliação da grade de horários e linhas”, disse nas redes sociais o deputado estadual Flavio Serafini (Psol), presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Transporte Aquaviário.

O contrato acaba no próximo dia 11 de fevereiro. No entanto, o estado não divulgou até o momento qualquer medida para solucionar o problema, a não ser um contrato que ainda não tem chancela judicial para entrar em vigor, anunciado no início de dezembro passado.

A CCR Barcas informou no início de janeiro, por meio de nota enviada à imprensa, que a celebração de um acordo que possibilite a continuidade da prestação do serviço de transporte aquaviário pela concessionária após 11 de fevereiro depende da assinatura de um acerto formal com o estado e o Ministério Público (MP-RJ) e de posterior homologação na Justiça.

Serafini enviou um ofício ao MP-RJ, na última semana de 2022, manifestando que qualquer acordo que venha a ser fechado deve levar em consideração o interesse da população. 

No documento, o parlamentar reitera ao Poder Judiciário que medidas estão sendo negligenciadas durante todo esse processo de negociação, como a oferta da tarifa social no trecho Charitas-Praça Quinze e o reestabelecimento da grade de horários para os moradores de Paquetá e Cocotá.

Edição: Mariana Pitasse