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Horror

Sakamoto: após tragédia Yanomami, chamar Bolsonaro de genocida é obrigação dos vivos

A sociedade e a imprensa não têm apenas direito, mas dever de chamar as coisas por seu nome por quem não pode mais fazer

25.jan.2023 às 13h29
Leonardo Sakamoto
|UOL

“Só comparável à África Subsaariana”: um terço das crianças Yanomami têm déficit de peso - Urihi Yanomami

Muita gente avisou que a necropolítica bolsonarista era genocida. Em resposta, foram alvo de ações judiciais, representações políticas, ironias de editorialistas, desdém acadêmico, críticas de juristas. Agora, observam o mundo lamentar as cenas de uma tentativa de genocídio contra o povo Yanomami, levada a cabo pelas ações e omissões de um presidente que sempre teve orgulho de sua obra.

O processo de aceitação de que tivemos alguém com ações genocidas no poder não ocorre de uma hora para outra. Tampouco já é unânime. Mas a ficha vai caindo aos poucos.

Felipe Neto recebeu uma intimação com base na Lei de Segurança Nacional por chamar Jair por essa alcunha durante a pandemia em 2021. O senador Randolfe Rodrigues foi alvo de representações pelo mesmo motivo. A jurista Eloísa Machado foi criticada por pares ao organizar a primeira denúncia contra Bolsonaro ao Tribunal Penal Internacional por genocídio indígena. Assistem, neste momento, o termo sair do armário.

A força das imagens de crianças indígenas gravemente desnutridas e de idosos mortos como consequência de um projeto de exploração econômica de seus territórios e de aculturação forçada dessas populações usando a fome, a doença e a bala vem ajudando a mudar a percepção do país sobre o seu ex-presidente.

Do mundo, não. Dado o distanciamento, o mundo já havia entendido que Jair é genocida.

Muita gente boa não aceita o termo. Não porque ele não se encaixa aqui ou ali nas definições de manuais (até porque o direito não detém o monopólio da língua), mas pelo fato de que acham inaceitável que um país como o Brasil seja genocida na terceira década do século 21. Acreditam que isso é coisa de Ruanda ou Mianmar.

A questão é que o repúdio da avaliação de Bolsonaro como um genocida ajudou a dificultar que os brasileiros denunciassem a necropolítica de seu presidente, garantindo, através da imposição do silêncio, que ele continuasse sendo tratado como se nada tivesse feito. E, dessa forma, decidindo a vida e morte de milhares de acordo com suas necessidades políticas.

Aguardar esse tipo de definição de instâncias formais de Justiça é jogar o jogo dos genocidas e dos torturadores, que se aproveitam de sistemas que, quando não são coniventes, são preparados para que esses crimes sejam praticados impunimente pelo absurdo que aparentam ser.

Pelo mesmo motivo, há quem defenda que não podíamos chamar o carniceiro, assassino e covarde Carlos Alberto Brilhante Ustra de torturador porque não havia uma condenação formal. É o que os fãs dos torturadores querem.

A sociedade e a imprensa não têm apenas o direito, mas o dever de chamar as coisas por seu nome em nome daqueles que morreram e não podem mais fazer isso.

Será que os que ficam horrorizados diante de um "Bolsonaro genocida" tiveram o mesmo comportamento quando o governo federal brigou no STF para não implementar medidas a fim de proteger a vida de povos indígenas durante a pandemia e quando agiu deliberadamente para garantir que garimpeiros e madeireiros levassem doença e morte aos territórios de populações tradicionais atendendo ao chamado de Jair?

Bolsonaro sabe que será protegido por parte do sistema, que evita responsabilizá-lo, concordando com o seu discurso de que nada poderia ter feito. Até um cone de trânsito, daqueles laranjas com listras brancas, se colocado na cadeira do principal gabinete do Palácio do Planalto teria causado menos mal. Pois é da natureza dos cones não fazer nada, enquanto Bolsonaro agiu deliberadamente contra a vida humana.

Como já disse aqui antes, que tenhamos coragem de permitir que as coisas sejam chamadas pelo que elas são para que possamos continuar dizendo que este país é uma democracia.

 

*Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

 
 
 
Conteúdo originalmente publicado em UOL
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