RECUPERAÇÃO

'The Economist' afirma que, com Lula, perspectivas econômicas do Brasil estão melhorando

Publicação inglesa também descreve os principais desafios do novo governo na área econômica

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Segundo a revista, está ficando mais fácil ver como Lula pode "polir ainda mais sua reputação de timing excepcionalmente bom" - Marcelo Camargo/Agência Brasil

A revista inglesa 'The Economist' publicou um texto, na quinta-feira (26), em que revela confiança no novo governo Lula (PT) a respeito da economia. Segundo a publicação, com a posse do petista agora em janeiro, "as perspectivas econômicas do Brasil estão melhorando". 

A matéria cita uma série de fatores internacionais, que combinados os anúncios feitos pelo novo governo, podem facilitar o fluxo econômico do país nos próximos anos. 

No texto, a revista fez uma espécie de comparativo entre os dois momentos em que Lula governou o Brasil e aponta que o cenário econômico do início dos anos 2000 não se repetirá ao longo do terceiro mandato do petista.

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Para a 'The Economist', o sucesso econômico dos mandatos anteriores foi resultado de uma combinação de fatores, "como demanda crescente pelas exportações de commodities do Brasil, baixas taxas de juros globais e dólar em queda". 

O diagnóstico inicial sobre o terceiro mandato, segundo a revista, era trágico, constituído por elementos globais e domésticos. No plano internacional, as projeções eram de "fraco crescimento global, queda dos preços das commodities e aumento das taxas de juros"; Internamente, Lula começaria o novo governo herdando uma crise política com os ataques à democracia, os impactos da pandemia na economia e os problemas econômicos herdados ainda do governo Dilma Rousseff.

A provável conclusão diante deste quadro, segundo a revista, era de é "um mau momento para Lula retornar à presidência". 

Quase um mês após a posse, a realidade é diferente dos que as previsões desenhavam e a revista conclui que o momento de Lula "não parece tão infeliz". O que fundamenta esta interpretação é a expectativa com a redução da taxa da inflação no mundo, a resistência da América e da Europa diante de uma provável recessão e o relaxamento da política de "covid zero" na China animam os mercados globais, favorecendo o Brasil.

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Além disso, a 'The Economist' acredita que o preço das commodities e a retomada das negociações do acordo entre Mercosul e União Europeia reacendem novos horizontes para o país. Este panorama leva a revista a concluir que as perspectivas econômicas são mais positivas, embora com o cenário desafiador.

Ao analisar a experiência de Lula no comando do Brasil, a revista conclui que "também está ficando mais fácil ver como ele pode polir ainda mais sua reputação de timing excepcionalmente bom"
 

Edição: Douglas Matos