Rio de Janeiro

POLÍTICA Carioca

Câmara do Rio tem maior bancada feminina da última década após posse de suplentes

Com a chegada de mais três mulheres do PT e Psol, casa legislativa passa a ter o número recorde de 11 vereadoras

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Psol tem a maior bancada feminina da legislatura carioca, seguida do PT com Tainá de Paula e Luciana Novaes - Eduardo Barreto/CMRJ

Na última quinta-feira (2), a Câmara Municipal do Rio de Janeiro deu posse a seis novos vereadores nas vagas deixadas por parlamentares que assumiram cargos de deputado federal em Brasília. Com a chegada de mais três mulheres no parlamento carioca, a casa passa a ter 11 vereadoras. É a maior bancada feminina da década.

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O número de mulheres é o maior desde a 8ª legislatura (2008-2011) quando assumiram 13 vereadoras no total. Com a posse, a bancada de mulheres do Psol é a maior da atual legislatura carioca. 

Tomaram posse Luciana Novaes (PT), Luciana Boiteux (Psol), Monica Cunha (Psol), Edson Santos (PT), Jorge Pereira (Avante) e Alexandre Beça (PSD). Eles entram, respectivamente, nas vagas dos deputados federais empossados na última segunda (1º) Lindbergh Farias (PT), Tarcísio Motta (Psol), Chico Alencar (Psol), Reimont (PT), Luciano Vieira (PL) e do atual secretário de Estado de Juventude e Envelhecimento Saudável.

A solenidade no Plenário do Palácio Pedro Ernesto também foi marcada por um minuto de silêncio em homenagem à jornalista Glória Maria.

Mulheres na política

Na bancada do Psol entram no lugar de Tarcísio Motta e Chico Alencar as vereadoras estreantes Luciana Boiteux, que obteve 8.909 votos pelo partido na eleição de 2020, e Monica Cunha, que recebeu 7.253 votos. 

Professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luciana Boiteux destacou que a luta pela educação pública será uma das suas principais pautas na Câmara. "Nós temos a maior rede de escolas da América Latina e nós queremos estar apoiando a luta dos trabalhadores de educação e também uma luta que é feminina, porque a maioria das profissionais são mulheres”, afirmou.

Monica Cunha, que ocupa uma vaga como vereadora pela primeira vez, se emocionou ao lembrar do seu filho, Rafael da Silva Cunha, assassinado aos 20 anos. Em seu discurso, ela disse que seu mandato vai propor políticas baseada na Justiça, no bem-viver e contra o racismo. "Sou uma mulher negra que fez do luto a luta, e é isso que vou fazer dentro dessa Casa", disse.

Além de Monica e Luciana, nas cadeiras de Lindbergh Farias e Reimont, do PT, assumem respectivamente Luciana Novaes, que teve 15.311 votos pelo partido na eleição de 2020, e Edson Santos, que recebeu 4.468 votos. Os dois já foram vereadores em legislaturas anteriores. 

Outras mudanças

Com a saída de Luciano Vieira (PL), o vereador Jorge Pereira (Avante) volta ao Palácio Pedro Ernesto. Ele teve 5.021 votos pelo partido na última eleição municipal.

Já a vaga da deputada Laura Carneiro (PSD) foi ocupada em definitivo pelo vereador Prof. Célio Lupparelli (Sem partido), que obteve 5.540 votos. Ele, que já estava no cargo, assumiu a vaga de Alexandre Isquierdo, atual Secretário Estadual de Juventude e Envelhecimento Saudável. Efetivado como vereador, seu suplente é Alexandre Beça (PSD), que teve 3.494 votos em 2020. 

Edição: Clívia Mesquita