Denúncia de que curso de praças da Polícia Militar do DF estaria ensinando condutas ilegais, como provas forjadas e torturas motivaram o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) a requisitar à Corregedoria da corporação a instauração de um procedimento de investigação preliminar.
A solicitação se deu a partir da publicação do colunista do UOL Chico Alves, que teve acesso ao material didático do curso de praças.
De acordo com a publicação, na apresentação de PowerPoint da disciplina “Ética, chefia e liderança” foram ensinados conceitos de três filósofos: Aristóteles, Immanuel Kant e Jeremy Bentham.
No entanto, em um dos exemplos o material teria tentado adaptar o conceito de "ética utilitarista", de Bentham, ao trabalho policial apresentando exemplos de condutas ilegais como fraude processual, tortura e simbologia nazista.
A Polícia Militar do DF tem um prazo de dez dias para prestar informações ao Ministério Público sobre a instauração do procedimento de investigação preliminar solicitada.
Em paralelo, a Promotoria Militar também iniciou investigação sobre o fato. A reportagem entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da PMDF mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.