cultura do estupro

Projeto cria protocolo de atendimento a vítimas de violência sexual em bares e baladas no Rio

A proposta de vereadora prevê a formação dos funcionários de estabelecimentos, como bares, casa de show e restaurantes

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
O protocolo prevê como ação prioritária, no caso de uma violência, o cuidado da mulher agredida ou ameaçada - Foto: Reprodução

A vereadora Luciana Boiteux (Psol) protocolou na última quarta-feira (16), em coautoria com as parlamentares do seu partido, Monica Benício, Monica Cunha e Thais Ferreira, na primeira sessão plenária de 2023 da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, um projeto de lei que cria o protocolo “Sem consentimento é violência”.

A iniciativa - inspirada na experiência da Catalunha que ganhou notoriedade no caso Daniel Alves - tem como objetivo integrar medidas de prevenção e combate à violência sexual e proteção às vítimas em estabelecimentos e espaços de lazer na cidade do Rio de Janeiro. 

Leia mais: Daniel Alves não utilizou camisinha em estupro na Espanha, diz defesa da vítima

A proposta da parlamentar prevê a formação dos funcionários de estabelecimentos, como bares, casa de show e restaurantes, que deve incluir um passo a passo de acolhimento e encaminhamento aos equipamentos da rede de proteção às mulheres, caso a vítima deseje, além da criação do selo “Neste estabelecimento, consentimento é lei”, que será afixado em local visível 

O protocolo prevê como ação prioritária, no caso de uma violência, o cuidado da mulher agredida ou ameaçada. Deve-se assegurar que esta mulher receba os cuidados apropriados e, no caso de agressões graves – estupro ou abuso sexual – que a vítima não seja deixada sozinha em nenhum momento, a menos que ela o solicite.

“A cultura do estupro é uma realidade que precisamos enfrentar. Diariamente, as mulheres são vítimas de algum tipo de crime contra a liberdade sexual, como estupros, assédios, importunações sexuais e atos obscenos. Essa lei pretende fazer com que estejam protegidas e, principalmente, que esses crimes não aconteçam mais”, ressalta a vereadora.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Jaqueline Deister