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Com dois ministros de Lula, MST faz festa da colheita de soja livre de transgênico no PR

Ministro Carlos Fávaro, da Agricultura, e Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, estarão em município paranaense

Brasil de Fato | Brasília (DF) |

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Produtores na lavoura de soja da Comunidade Fidel Castro, em Centenário do Sul, no Paraná - Maicon Veirick

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fará uma festa para a colheita da soja livre de transgênico em Centenário do Sul (PR), município na região norte do estado do Paraná, no próximo sábado (25).

O evento na comunidade Fidel Castro terá a presença de dois ministros do governo Lula. São eles: Carlos Fávaro, da Agricultura, e Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

Também estão confirmados para o ato representantes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), de deputados federais e estaduais, entre elas a presidenta do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann.

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Diego Moreira, integrante do Setor Nacional de Produção do MST, explica que o movimento tem avançado na organização de cadeias de produção, e agora expande também para a soja livre de transgênicos em assentamentos e acampamentos da reforma agrária. A intenção é organizar a cadeia produtiva completa da soja, desde a produção de sementes, passando pela produção de grãos, até a posterior industrialização e comercialização. 

“Estamos também trabalhando na perspectiva de construir agroindústria, tanto para a produção de óleo, quanto para ração, para agregar valor, mas também para transformar a soja numa cadeia produtiva importante para a agricultura familiar, para os assentamentos da reforma agrária”, garante Moreira, que é assentado na comunidade Maria Lara, em Centenário do Sul. 

Hoje os assentamentos e acampamentos do MST do Paraná atuam nas cadeias produtivas do arroz, do milho, do leite, do hortifrúti, da cana-de-açúcar e da erva-mate. São mais de 50 agroindústrias e 20 cooperativas da Reforma Agrária no estado que organizam a produção e a comercialização dos alimentos.

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Produção cresce a cada ano

O plantio de soja convencional, como também é chamada a semente não transgênica, cresce a cada ano em assentamentos e acampamentos do MST do Paraná. Nas comunidades Fidel Castro e Maria Lara, de Centenário do Sul, as lavouras ocupam 200 hectares. 

Os assentamentos 8 de Abril, do município de Jardim Alegre, e Novo Paraíso, em Boa Ventura de São Roque, também iniciarão em breve as colheitas de lavouras de soja orgânica. Em Jardim Alegre, são 44,62 hectares de cultivo do grão livre de transgênico, sendo 8,38 destes de produção orgânica já certificada. Já em Barbosa Ferraz, o plantio atualmente é de três hectares de soja orgânica, com perceptiva de crescer nos próximos anos. A produção tem acompanhamento técnico do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná).

Segundo o MST, a colheita tem venda certa: parte será transformada em ração orgânica para alimentar galinhas poedeiras da Cooperativa de Comercialização Camponesa do Vale do Ivaí (COCAVI), criada pelas famílias do assentamento e composta por 375 cooperados, de nove municípios da região; parte será vendida a empresas parceiras que também se dedicam à produção de ovos orgânicos; e o restante será comercializado na região

Edição: Rodrigo Durão Coelho