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No Rio, CCR Barcas propõe reduzir horários e racionar operação a partir de segunda (27)

Proposta depende de aprovação da Setrans para entrar em vigor; concessionária alega falta de dinheiro

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
barcas ccr
Acordo que busca prorrogar concessão das barcas por mais um ano ainda depende da homologação da Justiça - Tânia Rêgo/Agência Brasil

A concessionária CCR Barcas propôs um acordo com o governo do Estado do Rio de Janeiro para reduzir a operação e a grade de horários do transporte aquaviário a partir da próxima segunda-feira (27) até o dia 10 de março.

O contrato para o serviço terminou no início deste mês e o futuro das barcas segue incerto diante de tantos impasses entre a empresa e o poder público. Cerca de 40 mil passageiros utilizam o transporte diariamente.

A proposta da CCR Barcas é para aumentar o intervalo 15 para 20 minutos no horário de pico na linha Rio-Niterói. Além disso, seria cancelada a operação das linhas Rio-Charitas, em Niterói, e Rio-CCT, na Ilha do Governador, e o trajeto Praça XV, no centro do Rio, até Paquetá perderia a viagem das 20h30.

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Em nota ao Brasil de Fato, a concessionária alega que tem recursos apenas para a manutenção da grade operacional atual até sexta (3). Caso a proposta não seja aceita pela Secretaria de Estado de Transportes (Setrans), a prestação do serviço será interrompida. 

"Para racionamento dos recursos, estamos planejando o redimensionamento para redução das viagens em diversas linhas, a fim de manter a operação por um maior tempo de atendimento aos clientes que necessitam do serviço e/ou que tem neste sua única forma de deslocamento", afirma a empresa.

De acordo com informações da TV Globo, a Setrans não deve aceitar a proposta. No último mês, um acordo para prorrogar o contrato de concessão com a CCR por mais um ano após o fim do contrato depende da homologação da Justiça. 

O Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) considera que o termo é ilegal. Segundo o MP, falta transparência sobre o valor a ser pago pelo governo do Estado à concessionária.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Clívia Mesquita