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CARNAVAL 2023

“Nossa vitória é fruto da parceria da Imperatriz com a comunidade'”, diz diretor de carnaval

Em entrevista ao BdF, André Bonatte fala da volta por cima da escola de Ramos após rebaixamento em 2019

24.fev.2023 às 14h24
Rio de Janeiro (RJ)
Jéssica Rodrigues
imperatriz carnaval

Enredo contou a história de Lampião, que foi parar na Sapucaí, após morrer e ser rejeitado no inferno pelo diabo e no céu por São Pedro - Gabriel Monteiro/Riotur

A Imperatriz Leopoldinense é a grande campeã do carnaval 2023 no Rio de Janeiro. A escola de samba de Ramos, na zona norte, levou para a Marquês de Sapucaí a história de Lampião, com o enredo “O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida”, e conquistou a vitória após 22 anos. É seu nono título no Grupo Especial.

Na avenida, a escola contou a história do cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, que atuou no sertão nordestino nas décadas de 1920 e 1930. Com base em cordéis do pernambucano José Pacheco, a Imperatriz narra o que acontece depois da morte de Lampião e a briga entre o diabo e São Pedro, já que nenhum dos dois quer receber o cangaceiro. O carnavalesco da Imperatriz, Leandro Vieira, juntou as duas histórias no samba-enredo.

O Brasil de Fato conversou com o diretor de carnaval da Imperatriz, André Bonatte, que falou da “volta por cima” que a escola deu após ter sido rebaixada em 2019 para a Série Ouro, conhecida antes como Grupo de Acesso, da reconexão com a comunidade e explicou a escolha do enredo deste ano.

Confira abaixo a íntegra da entrevista:

Brasil de Fato: Qual é a sensação de ver a Imperatriz se tornar campeã poucos anos depois de ter sido rebaixada em 2019?

André Bonatte: Você sair de uma queda e em três carnavais estar no topo novamente é muito gratificante no sentido de você ver um trabalho que foi construído. Acho que 2023 é um reflexo da Imperatriz que caiu em 2019, que se reconstrói em 2020 e em 2022 se consolida nesse processo de carnaval. Então eu penso isso, a escola conseguiu se reconstruir em 2020, conseguiu se consolidar em 2022 e ir para o topo em 2023.

Como esse processo foi possível?

O processo de construção do carnaval de qualquer escola é trabalhado em dois polos: um é o do profissional do carnaval que trabalha no barracão, são as milhares de pessoas dessa economia criativa que movimenta a economia do estado, essas pessoas que dependem do mercado de trabalho no carnaval. E que se soma a um outro polo, que é a quadra de ensaios, lá a gente constrói o samba, a harmonia, a evolução, ou seja, nós temos lá os chamados quesitos de chão. Unir esses dois elementos é o grande trabalho que a gente tem. Então, talvez o maior segredo da escola tenha sido se reconectar com sua comunidade.

Qual é a importância dessa reconexão para a Imperatriz?

A Imperatriz se fechou muito por um tempo e com a queda a gente perguntou: "O que estamos fazendo de errado? Estamos dentro de um dos maiores complexos de favela da América Latina e essa pessoa não está aqui dentro da quadra, o que está acontecendo?". 

Por meio dos projetos sociais da Imperatriz, principalmente na época da pandemia, a gente foi se reconectando com a comunidade e essa vitória em 2023 é um fruto que a gente está colhendo dessa parceria e da comunidade se entender como proprietária dessa escola.

E a importância do título de campeã da Imperatriz para o Complexo do Alemão?

Todas as escolas, de certa forma, têm uma identidade com sua comunidade e a gente vive em uma comunidade que é muito esquecida culturalmente. Na Leopoldina, você não tem um teatro, não tem cinema, qual é a área de lazer que tem? Para muita gente, a Imperatriz é a maior referência de cultura daquele espaço. Penso que a gente tem que se entender sempre no mesmo andar. Entendo que uma estrutura de trabalho tenha hierarquia, mas é todo mundo igual sempre. Quando um componente de uma ala de comunidade está desfilando ali de forma gratuita, chega na quadra e vai tomar um refrigerante no bar e encontra com a presidente tomando o mesmo refrigerante, é isso que é importante.

Como vocês decidiram que o enredo seria sobre a história de Lampião?

O que o artista precisa, na essência, é liberdade. Se você coloca o artista dentro de uma caixa, ferrou. Quando o Leandro veio pra cá, a primeira coisa que a gente garantiu é que ele ia ter a liberdade de construção. Nem a presidente, nem eu, nem a direção, ninguém sabia qual era o enredo ou o que passava pela cabeça dele.

Quando ele trouxe essa proposta, simplesmente aceitamos e acreditamos nela. O devaneio, porque é um delírio você imaginar que a pessoa vai para o inferno, vai para o céu e fica nesse imaginário coletivo do que é a arte nordestina, é um enredo do Leandro. Mas se buscar na história da Imperatriz vai encontrar vários elementos que já trataram um pouco disso.

Qual é a relação entre a Imperatriz, o Carnaval e a arte?

A gente tende a diminuir a arte produzida pelo Carnaval. A Imperatriz teve um dos maiores carnavalescos da história, o Arlindo Rodrigues, e ele sempre falava que o que se produz no carnaval não fica atrás daquilo que você tem no Louvre, do que você tem nos maiores museus do mundo. O que se produz aqui em termos de cultura é muito rico. O que o passista produz com os passos dele numa avenida, o que isso fica devendo para o balé russo em termos de cultura e arte? O que uma porta-bandeira, um mestre-sala produz na sua dança, o que isso fica devendo? Todos esses artistas, ritmistas, passistas, pintores, escultores, eles produzem uma arte de uma potência muito grande e a gente tem sempre que valorizar.

Editado por: Eduardo Miranda
Tags: carnavalrio de janeiro
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