A CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa ouvirá nesta quinta-feira (2) o ex-secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública do DF, Fernando de Sousa Oliveira, que será o primeiro depoimento da Comissão. Fernando integrava a cúpula da segurança do DF no dia 8 de janeiro, quando aconteceram os ataques antidemocráticos aos prédios de Brasília. Ele foi exonerado em seguida pelo então interventor Ricardo Cappelli.
A definição do calendário da CPI e dos nomes para os depoimentos foi confirmada na primeira reunião da Comissão realizada no dia 14 de fevereiro. Na ocasião, também foi aprovada a convocação do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, que também foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro e que agora está preso por possível conivência com os atos. Torres será ouvido pela CPI no dia 9 de março.
O deputado distrital Gabriel Magno (PT), que integra a CPI como suplente, lembra que o chamamento para os atos aconteceu nas redes sociais e por isso ele afirma que houve anuência e até participação de autoridades responsáveis pela segurança pública e inteligência. "Precisamos saber do ex-secretário Executivo da SSP como isso se deu, até porque ele foi responsável pela escolta dos terroristas até a Praça dos Três Poderes", defendeu Magno.
Além de Fernando Oliveira e Anderson Torres também já foram aprovadas as convocações do ex-comandante da Polícia Militar do DF (PM-DF), coronel Fábio Augusto Vieira; da ex-subsecretária de Inteligência da SSP-DF, Marília Ferreira; do ex-secretário da SSP-DF, Júlio de Souza Danilo; dos coronéis da PM-DF, Jorge Eduardo Naime e Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues; e do tenente-coronel da PM-DF, Jorge Henrique da Silva Pinto.
A CPI é comandada pelo deputado Chico Vigilante (PT) e o deputado Hermeto (MDB) é o relator.
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