Guerra da Ucrânia

Rússia acusa 'sabotadores' armados da Ucrânia de invadir território russo

Putin diz que incursão na região de Bryansk configura "ato de terrorismo"; Kiev nega e fala em "provocação"

Rio de Janeiro |
Putin cancelou viagem de trabalho após relatos de incursão armada da Ucrânia em território russo nesta quinta-feira, 2 de março de 2023. - Ramil Sitdikov / Sputnik /AFP

Um grupo de "sabotagem e reconhecimento" da Ucrânia entrou em território russo na região de Bryansk a partir nesta quinta-feira (2). Foi o que informou o governador da região, Alexander Bogomaz. Segundo ele, o grupo atirou contra um carro, matando uma pessoa e ferindo uma criança nascida em 2012. Houve relatos de civis sendo feitos de reféns em duas aldeias.

A responsabilidade da ação foi assumida pelo "Corpo de Voluntários Russos", uma formação militar de russos que lutam ao lado das Forças Armadas da Ucrânia. Seus representantes postaram várias fotos e vídeos perto de uma estação na região de Bryansk.

É a primeeira incursão armada deste tipo em território russo desde o início da guerra, em 24 de fevereiro de 2022. O gabinete do Presidente da Ucrânia classificou os relatos sobre sabotadores ucranianos como "uma provocação clássica" de Moscou. 

O número de "sabotadores" e detalhes sobre mortos, feridos e reféns oscilaram constantemente na mídia. De acordo com portais russos como Mash e Baza, cerca "40 o 50 sabotadores" entraram na região de Bryansk. Já a agência Itar-tass fala em dezenas de pessoas armadas.

Ao comentar a ação, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que o "ataque de militantes ucranianos na região de Bryansk é um ato terrorista". Ele destacou que "esses crimes são cometidos por neonazistas e seus mestres". 

Putin chegou a cancelar uma viagem planejada para cidade Pyatigorsk. O líder russo deve marcar uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da Rússia para discutir o incidente. 


 

Edição: Thalita Pires