É crime

PSOL protocola pedido de CPI para investigar alto índice de assédios sexuais em São Paulo

Ao todo, 22 mandatos, do PSOL, PT, PSB, MDB, UNIÃO, PSDB e PSD, concordaram com a abertura da comissão

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Requerimento para formação da comissão precisa ser aprovada pelo plenário da Câmara - Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil

A Bancada Feminista do PSOL protocolou o pedido de CPI do Assédio Sexual na Câmara dos Vereadores de São Paulo, na última terça-feira (7). A medida foi tomada após publicação da pesquisa "Viver em São Paulo: Mulheres", da Rede Nossa São Paulo, que mostra que 67% das mulheres paulistanas afirmam já ter sofrido assédio sexual.

A vereadora Silvia Ferraro, que integra o mandato coletivo do PSOL, comentou a iniciativa e explicou quais podem ser as ambições da comissão. "Normalmente, tem empresas que podem ser responsabilizadas, que respondem por assédio sexual em seus ambientes, ou obrigadas a adotar políticas públicas de combate ao assédio sexual."

"Além de investigar esses assédios e porque eles acontecem, queremos entender como essas mulheres são protegidas, como devem ser protegidas e quais as políticas públicas deve ser adotadas para combater o assédio sexual", concluiu a vereadora.

De acordo com a pesquisa, 45% dos casos de assédio sexual ocorreram no transporte público. Entre as situações de assédio que as mulheres paulistanas já passaram, 53% receberam gestos, olhares incômodos ou comentários invasivos, 32% foram agarradas, beijadas ou desrespeitadas sem consentimento, 29% sofreram assédio dentro do ambiente de trabalho, 21% sofreram assédio no ambiente familiar e 19% no transporte particular.

O pedido de CPI precisa ser aprovado no plenário da Câmara dos Vereadores. O requerimento do PSOL foi assinado por 22, dos 55 parlamentares da casa legislativa, que integram sete partidos: PT, PSB, MDB, UNIÃO, PSDB e PSD.

Edição: Thalita Pires