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‘Buscamos empurrar o governo cada vez mais para a esquerda’, afirma militante feminista

Para Analba Teixeira, derrubar governo Bolsonaro foi “uma grande conquista”, mas não significa o fim dos problemas

10.mar.2023 às 06h32
São Paulo (SP)
Caroline Oliveira

No Rio de Janeiro, mulheres fazem passeata no Dia Internacional da Mulher - 8M, por direitos e contra a violência e o feminicídio, no centro da cidade - Fernando Frazão/Agência Brasil

Antes de ser eleito, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ajuda dos movimentos para "fazer o que precisa ser feito", em encontro com representantes de movimentos populares, em São Paulo. "Vou precisar do apoio de vocês para o que precisa ser feito. Sem vocês não cobrarem, a gente não faz o que precisa ser feito. Não se incomodem de cobrar", disse o petista. 

Hoje, com o petista na Presidência da República, Analba Brazão Teixeira, educadora do SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia, de Recife, relembra o recado e afirma que é também função do movimento de mulheres “empurrar o governo cada vez mais para a esquerda”, ainda que a tarefa não seja “fácil”.  

“Devemos continuar lutando e não nos acomodar. Esse é um ponto crucial, pois é preciso incomodar para fortalecer o governo. Devemos continuar lutando, apoiando o governo, mas também criticando quando necessário. Somos um movimento que busca empurrar o governo cada vez mais para a esquerda, o que não será fácil”, afirma Teixeira.  

Uma das pautas que a educadora defende que devem ser constantemente provocadas no governo federal é a necessidade de trabalhar os problemas da realidade brasileira de forma conjunta. Isso significa que o racismo, por exemplo, não pode ser abordado separadamente do machismo, quando o assunto é violência contra a mulher.  


Analba Brazão Teixeira e Nora Cortiñas, mãe da Praça de Maio / Reprodução/Facebook/Analba Brazão Teixeira

“Como a Anielle Franco disse, é necessário que os ministérios trabalhem juntos para abordar essas questões de forma transversal. As questões feministas, a questão das mulheres, o racismo e o patriarcado são estruturais e devem ser abordados em todas as ações governamentais”, afirma e cobra Teixeira.  

“Para nós a demarcação das terras indígenas é uma pauta feminista, o genocídio do povo negro é uma pauta feminista. Todas essas lutas presentes também são pautas feministas. A gente vai para esses movimentos para trazer as questões das mulheres nesses lugares, trazendo, por exemplo, que a maioria das pessoas afetadas são mulheres negras. É uma luta que precisa ser articulada e antissistêmica.” 

Brasil de Fato: Como a senhora avalia as políticas do governo Lula em relação às questões feministas? Acredita que a mudança de governo trará forças e capacidade para mobilizar as demandas mais ligadas à agenda feminista?  

Analba Brazão Teixeira: Antes de mais nada, gostaria de dizer que estou muito feliz que hoje temos um governo, apesar de sabermos que existem muitas contradições. Afinal, trata-se de um governo de coalizão. Derrubar o Bolsonaro foi uma grande conquista, mas isso não significa que resolvemos todos os nossos problemas. Ainda há muitas coisas para resolvermos.  

Devemos continuar lutando e não nos acomodar. Esse é um ponto crucial, pois é preciso incomodar para fortalecer o governo. Devemos continuar lutando, apoiando o governo, mas também criticando quando necessário. Somos um movimento que busca empurrar o governo cada vez mais para a esquerda, o que não será fácil.  

Agora, qual será o rumo? Quais pautas terão mais chances de serem encaminhadas neste governo? Por exemplo, a pauta da descriminalização do aborto tem pouca probabilidade de ser encaminhada. 

Tenho percebido algo que me alegra nas falas do Lula: ele traz a questão da igualdade salarial como um assunto central do governo, fala muito sobre o feminicídio e a violência contra as mulheres, aborda a questão da igualdade racial e luta contra o racismo. No entanto, acho que a questão do aborto precisa ser mais discutida, apesar de não ser uma das principais pautas do governo.  

A ministra da saúde parece estar aberta a essa discussão, o que é bom. Como a Anielle Franco disse, é necessário que os ministérios trabalhem juntos para abordar essas questões de forma transversal. As questões feministas, a questão das mulheres, o racismo e o patriarcado são estruturais e devem ser abordados em todas as ações governamentais.  

Como que a senhora analisa o movimento de mulheres hoje? Qual é a força que o movimento tem hoje em relação a anos anteriores?  

O movimento feminista brasileiro tem avançado muito. Acho que a gente tem uma força que se constituiu como uma força política muito importante no Brasil. No entanto, a história não é linear, e às vezes conquistamos e às vezes perdemos. Por isso, é importante estar presente na luta, não só resistindo, mas também lutando e construindo novas percepções e estratégias para cada momento e contexto que enfrentamos.  

Hoje temos mulheres em 11 ministérios e não é por acaso, mas resultado da nossa luta. No entanto, gostaríamos de ter ainda mais mulheres em outros ministérios e não apenas nos específicos da Mulher ou Igualdade Racial.  

A luta feminista tem como uma das coisas mais radicais a nossa auto-organização, e temos tentado nos articular nesse sentido. Claro que temos diferenças. É um movimento político, então é ótimo que tenhamos, não é mesmo? Porque nada é unânime. Mas eu acho que a gente tem avançado muito e o movimento feminista sempre esteve atuando dentro dos movimentos sociais como um todo.  

A senhora acredita que a presença do movimento de mulheres nos movimentos sociais como um todo ajuda também a alavancar a pauta feminista? 

Sim, porque é nesses espaços que estamos levando nossa perspectiva feminista e antirracista, a nossa luta antissistêmica. São nesses movimentos que trazemos a nossa cara. Antigamente as pessoas viam o movimento feminista apenas com suas pautas clássicas, como a pauta pela legalização do aborto, que é mais ligada às mulheres mesmo.  

Mas para nós a demarcação das terras indígenas é uma pauta feminista, o genocídio do povo negro é uma pauta feminista. Todas essas lutas presentes também são pautas feministas. A gente vai para esses movimentos para trazer as questões das mulheres nesses lugares, trazendo, por exemplo, que a maioria das pessoas afetadas são mulheres negras. É uma luta que precisa ser articulada e antissistêmica.  

Eu concordo que é difícil estar e pensar em tudo. Claro que existem especificidades, mas quando ampliamos a visão, se estamos falando de transformação social, não podemos falar apenas de um lado. Queremos uma transformação social articulada.  

Por fim, como a senhora enxerga o movimento feminista no Brasil inserido nesse contexto sulamericano?  

A primeira coisa é que o movimento feminista latino-americano tem colocado como central a questão do feminismo transnacional e internacional, porque muitas das questões que enfrentamos aqui no Brasil, mesmo em contextos diferentes, são questões que movimentam outros países. 

A gente tem aprendido muito com as ações de outros países, por exemplo, a luta pela legalização do aborto na Argentina. Temos bebido muito dessa experiência.  Eu acho que é importante conhecer as movimentações nesses outros países e aglutinar forças para fazer coalizões das lutas. É uma luta que precisa cada vez mais ser internacionalizada. 

Editado por: Rodrigo Durao Coelho

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