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Universitários gaúchos ocupam prédio no litoral do RS para reivindicar moradia estudantil

Estudantes da UFRGS ocuparam Colônia de Férias da universidade, já parcialmente desativada. Reitoria pede reintegração

Tramandaí (RS) |
Estudantes da UFRGS Litoral Norte ocupam antiga Colônia de Férias da Instituição reivindicando que local se torne moradia estudantil - Reprodução

Estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) ocupam o prédio da Colônia de Férias da universidade, em Tramandaí, no Litoral Norte do estado, reivindicando um programa de moradia e assistência estudantil.  

Os estudantes convivem com um problema crônico relacionado à moradia na região. Além de não haver moradia estudantil na universidade, o auxílio moradia pago a alguns estudantes é de R$ 450, o que não é suficiente para pagar aluguéis no litoral, região super valorizada no estado devido ao do turismo das residências de veraneio.

"No Campus Litoral Norte e no Ceclimar, que fazem parte da UFRGS Litoral Norte, nós não temos uma moradia estudantil e não há edital de auxílio moradia desde antes da pandemia", diz o estudante Raul Orcy. Ele reforça que a ocupação é realizada por alunos da UFRGS do Litoral Norte, de Porto Alegre, do Diretório Acadêmico da Biologia Marinha e do DCE. O movimento conta com o apoio de professores, da direção de alguns cursos e de sindicatos.

A principal reivindicação dos estudantes é que a Colônia de Férias seja utilizada como moradia estudantil. O local já encontra-se parcialmente desativado, com parte de sua estrutura entregue à um centro de inovação gerido pela iniciativa privada.


Os estudantes da região convivem com um problema crônico relacionado à moradia / Reprodução

A ocupação ocorreu ontem (10), durante reunião do Conselho Superior da Universidade (Consun). No mesmo dia, a reitoria da UFRGS acionou a Justiça gaúcha com um pedido de reintegração de posse.

Já foi realizada uma primeira reunião de mediação, quando os estudantes propuseram a suspensão da reintegração de posse e a abertura de uma rodada de negociações. A vice reitora, Patrícia Pranke, que conduziu a reunião online, manteve o pedido na Justiça.

deputada estadual Laura Sito (PT) acompanha o caso no local.

A  reportagem tentou contato com a assessoria da Reitoria da Universidade, mas não recebeu retorno. É possível fazer doações para colaborar com os estudantes, pela chave PIX [email protected].

Edição: Sarah Fernandes