Conflito no campo

Justiça condena um dos assassinos de Dilma Ferreira às vésperas do crime completar 4 anos

Mandante do crime, o fazendeiro Fernando Rosa segue preso aguardando julgamento

São Paulo | SP |
Dilma Ferreira Silva ao lado da então presidenta Dilma Rousseff (PT), após reunião com os atingidos - Foto: Divulgação/MAB

Cosme Alves, um dos assassinos de Dilma Ferreira, liderança nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), foi condenado a 67 anos, 4 meses e 24 dias de prisão, pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJ-PA), na última sexta-feira (17).

A condenação ocorre às vésperas de o crime completar quatro anos. Nos dias 21 e 22 de março de 2019, seis pessoas foram assassinadas na zona rural de Baião, no Pará. O fazendeiro Fernando Rosa, acusado de ser mandante dos homicídios, está preso desde então, aguardando julgamento.

De acordo com o Ministério Público, Venilson da Silva Santos, Raimundo Jesus Ferreira  e Marlene da Silva Oliveira foram mortos a tiros na fazenda de Fernando Rosa no primeiro dia da ação. Eles ameaçavam denunciar o fazendeiro por trabalho análogo à escravidão

No dia seguinte, a mando de Rosa, Valdenir Farias Lima, Glaucimar Francisco Alves e Cosme Alves assassinaram a facadas Dilma Ferreira Silva, Milton Lopes Claudionor e Amaro Costa da Silva, no assentamento Salvador Allende.

Ainda de acordo com o MP, Dilma Ferreira havia descoberto uma pista clandestina na fazenda de Rosa e pretendia denunciá-lo por transporte e exploração ilegal de madeira.

Edição: Thalita Pires