pelo abono

Greve no Metrô de São Paulo: trabalhadores confirmam paralisação a partir das 0h de quinta (23)

Categoria demanda abono para compensar três anos sem participação nos lucros, além de contratação por concurso público

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Para o sindicato da categoria, o governo do estado tem como projeto a privatização do metrô - Wikicommons

Os metroviários de São Paulo decidiram, na noite desta quarta-feira (22) realizar uma paralisação da categoria a partir da 0h de quinta-feira (23). A decisão foi tomada em assembleia realizada após audiência judicial em que a Companhia do Metropolitano não apresentou proposta. As linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e monotrilho da Linha 15-Prata devem ser afetadas pela paralisação.

A categoria está mobilizada para cobrar o abono salarial, em compensação pela falta de pagamento da participação nos lucros nos últimos três anos, e também pela contratação de pessoal por meio de concurso público. 

A mobilização acontece também em defesa do metrô público. Os metroviários afirmam que o governador Tarcísio de Freitas tem como objetivo privatizar o metrô. 

De acordo com o Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo,  o governo repassa R$ 6,32 por passageiro para a ViaQuatro, empresa que opera a linha 4-Amarela. A tarifa, no entanto, é de R$ 4,40. "O governo paga R$ 1,92 a mais, utilizando dinheiro público para bancar a CCR. É o Estado privilegiando o metrô privado e sabotando o metrô estatal", afirma a entidade.

 

Edição: Thalita Pires