Atos golpistas

Militar que avisou superiores sobre risco de invasão em 8 de janeiro será ouvido por CPI no DF

Presidente da Comissão, Chico Vigilante (PT) quer convocar integrantes do Exército

Brasil de Fato | Brasília (DF) |

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Membros da CPI dos Atos Antidemocráticos da CLDF - Rinaldo Morelli/CLDF

A CPI dos atos antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF (CLDF) ouvirá, nesta quinta-feira (30), Jorge Henrique da Silva Pinto, que é tenente-coronel da Polícia Militar. O militar do Distrito Federal foi convocado porque fez vários alertas aos superiores sobre a ameaça de invasão do Congresso Nacional no dia 8 de janeiro. Jorge Henrique atuava na coordenação de Assuntos Institucionais da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP/DF).

Na pauta da reunião da CPI desta quinta existem sete requerimentos para serem votados, dentre eles as convocações do major da PM/DF Cláudio Mendes dos Santos, requerida pelo deputado Fábio Félix (PSOL). Também serão votados requerimentos de informações ao Governo do DF, Exército Brasileiro, Ministério da Justiça, Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Ministério do Turismo.

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O presidente da CPI, deputado Chico Vigilante (PT), informou que pediu a Procuradoria Geral da CLDF para dar um parecer sobre a possibilidade da Comissão poder convocar ou não integrantes do Exército Brasileiro. “Se a gente não puder convocar integrantes do Exército nós vamos convidar”, disse Vigilante, destacando que essas convocações ou convites aconteceram independente da patente, sendo observados apenas o envolvimento dos mesmos nos atos do dia 8 de janeiro.

Já foram ouvidos o ex-secretário de Segurança Pública Júlio de Souza Danilo, o ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime, o ex-secretário Executivo da SSP/DF Fernando de Sousa Oliveira e a a ex-subsecretária de Inteligência da SSP/DF Marília Ferreira Alencar. O ex-secretário Anderson Torres já foi convocado, mas por estar preso suspeito de colaboração com os atos não pode ser conduzido coercitivamente e até o momento não aceitou participar de uma oitiva da CPI.

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Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Flávia Quirino