CHACINA

Justiça determina que prefeitura indenize sobrevivente do massacre de Realengo

Invasão de escola municipal em abril de 2011 por ex-estudante da unidade resultou na morte de 12 alunos

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Escola Municipal Tasso da Silveira
Para Justiça, município foi incapaz de impedir que atirador entrasse em escola da rede pública e matasse 12 estudantes em abril de 2011 - Reprodução

A Prefeitura do Rio terá que indenizar em R$ 30 mil por anos morais um sobrevivente do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste da cidade. A chacina ocorreu em abril de 2011, com a invasão da escola por um ex-aluno, resultando na morte de 12 estudantes. 

A decisão que determinou a indenização é da 15ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio. Na época do ataque à escola, o estudante tinha 12 anos. Ele conseguiu escapar depois de se esconder do assassino em uma das salas de aula.

A defesa do estudante pedia indenização de R$ 500 mil do estado e do município, sob o argumento de que a vítima sofreu trauma e intenso medo, o que fez com que ela precisasse ser submetida a acompanhando psicológico depois do massacre na escola.

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Defesa

Segundo a justiça, em sua defesa o município informou que não praticou qualquer ato, nem incorreu em omissão específica, não podendo ser responsabilizado por ato imprevisível de uma terceira pessoa. No entanto, a justiça considerou que o município tinha o dever de garantir a proteção à escola, uma unidade municipal.

Anteriormente, a justiça já tinha concedido uma indenização de R$ 20 mil, mas a pedido do ex-estudante, subiu o valor para R$ 30 mil, a ser pago pela autoridade municipal. Ao mesmo tempo, a justiça isentou o governo do estado de responsabilidade.

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Por meio de sua assessoria de imprensa, a Procuradoria-Geral do Município do Rio de Janeiro informou que foi notificada na última sexta-feira (24) e que, no momento, analisa a decisão judicial.

* Com informações da Agência Brasil

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Eduardo Miranda