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Documentário tenta reverter apagamento da história de mulheres sindicalistas no DF

A obra conta a história de mais de 30 sindicalistas que participaram da construção da CUT-DF

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Coordenadora da Secretaria da Mulher Trabalhadora do Sindsep-DF, Antônia Ferreira, foi uma das mulheres entrevistadas para o documentário - Reprodução YouTube

A Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF) lançou, na última sexta-feira (31), o documentário "A voz é delas: histórias não contadas de mulheres sindicalistas”. O filme fala sobre a importância da atuação de mulheres no meio sindical, dos desafios e do machismo enfrentado por elas.

"Desde a criação da CUT, as mulheres foram parte primordial das vitórias da classe trabalhadora. Embora todo mundo lembre quem são os homens marcantes da CUT, há um apagamento e silenciamento da trajetória das mulheres sindicalistas. O documentário nasceu daí, da vontade de que pelo menos um pequeno pedaço dessa história viesse à tona e fosse dado voz às mulheres que construíram e constroem a CUT" explica a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-DF e idealizadora do documentário, Thaísa Magalhães.

A obra conta a história de mais de 30 sindicalistas que participaram da construção da CUT-DF. Segundo a idealizadora do projeto, a escolha das mulheres entrevistadas no filme teve como um dos critérios a diversidade. 

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“Entrevistamos mulheres de sindicatos municipais e rurais, dos grandes sindicatos do DF, como bancários, Sindsep, Sinpro, cuja história se confunde com a história da própria CUT, e também dos pequenos sindicatos do DF. Um dos critérios foi a tentativa de paridade racial, no que observei que, os grandes sindicatos são compostos majoritariamente por mulheres brancas, enquanto as sindicalistas que atuam nas organizações municipais e rurais, em sua maioria são negras. É um ponto a se refletir, e trabalhar para inserção das mulheres negras nos espaços de poder e decisão”, explica Thaísa Magalhães.

A idealizadora destaca ainda que o documentário tem como proposta ser um contraponto à perspectiva dominante da história do sindicalismo, que geralmente é contada do ponto de vista dos homens. 

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“Trabalhamos muito, acumulando cuidados, tarefas domésticas, trabalho formal (como no meu caso) e trabalhando muito nos sindicatos e na CUT.  Essa história é importante de ser contada”, afirma Thaísa.

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Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Flávia Quirino