Criado por meio de medida provisória durante o governo Temer (MDB), o Novo Ensino Médio (NEM) está sendo implantado gradualmente nas escolas do país. A maior reforma nessa etapa escolar desde 1971 está no centro de uma batalha sobre os rumos da educação no Brasil. O movimento estudantil, entidades sindicais e de docentes tem encampado uma luta pela revogação imediata do novo modelo e no último dia 15 de março 51 cidades do país realizaram manifestações pela revogação.
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O novo modelo amplia o tempo mínimo do estudante na escola (de 800 para 1400 horas anuais) e institui uma nova organização curricular, incluindo a opção de formação técnica profissional. As disciplinas são agora divididas em quatro grandes áreas do conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas, estas devem ocupar 60% da carga horária do ensino médio. As outras 40% são preenchidas pelos chamados itinerários formativos que são um conjunto de matérias complementares, acopladas de acordo com a área que o estudante escolhe para se especializar, como humanas, exatas ou biológicas.
Algumas das críticas feitas ao NEM é de que a proposta foi aprovada sem a consulta prévia à sociedade e que de as disciplinas propostas estão desconectadas da realidade escolar. Para trazer uma perspectiva dos e das estudantes, convidamos Roberta Pontes, presidenta da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (UMES). Para entender como os trabalhadores da educação tem debatido esse tema, conversamos com Marilia Cibelli da Secretaria para Assuntos Educacionais Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (SINTEPE).
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