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Início Bem viver Cultura

Caminhos do rap

Originalidade, identidade e território: pesquisa homenageia rap do Distrito Federal

Estudo apresenta o surgimento, disseminação e as transformações do gênero musical na Capital do país

03.abr.2023 às 16h41
Brasília (DF)
Cláudia Maciel

"Peso - Caminhos do rap DF" possibilita ao leitor vários olhares da história da capital e do rap - Mateus Vidigal

Com o objetivo de registrar a memória do Hip Hop do Distrito Federal e enriquecer a cena da cidade foi lançada no ano do cinquentenário da cultura a pesquisa “Peso – Caminhos do Rap DF” que entrevistou mais de 30 agentes culturais entre rappers, Djs, produtores culturais e musicais, jornalistas e ativistas.

Idealizada pelo cientista social, jornalista e produtor cultural Thiago Flores, a pesquisa apresenta os processos de surgimento, disseminação e as transformações do Hip Hop no DF, e ainda, faz conexões entre o Brasil e os Estados Unidos, um dos pólos de grande expressão da cultura. 

“A cultura Hip Hop transformou completamente o rumo da minha trajetória. Me fez enxergar realidades, pessoas, histórias e nuances da existência que certamente não alcançaria sozinho. A pesquisa nasce como um agradecimento íntimo por tudo isso”, aponta Thiago. 

Ele que cresceu vendo Brasília ser chamada de capital do rock, não questiona a legitimidade do título, mas, acredita que essa marca apresenta uma representação distorcida, classista e racista limitada ao Plano Piloto, aos homens brancos e às pessoas de classe média alta. 

“O título 'Brasília Capital do Rock' foi incentivado de todas as formas pela mídia e sociedade o que permitiu a elaboração e preservação dos registros históricos desse fenômeno. Outros movimentos também relevantes culturalmente e tão brasilienses quanto o rock não conseguiram se organizar para produzir essa documentação. O rap é um deles. Esse déficit produz apagamento de histórias, de vozes e posicionamentos. De pretos e pobres, essencialmente”, afirma o pesquisador.

Thiago Jamelão, que é músico e multi instrumentista, e no projeto somou com o compartilhamento de suas vivências quando morava no DF, diz que a pesquisa marca a história da capital e inspira pessoas. O artista acredita ainda,  que "Peso – Caminhos do rap DF" possibilita ao leitor vários olhares da história da capital e do rap, além de contribuir para mirar o futuro. 

"Sobre essa obra, tem uma máxima que eu adoro: 'pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro' Isso de certa forma marca a mim com o entendimento da forma que devo seguir , desde lidar com o outro, comigo mesmo e idealizar o amanhã. Fico feliz em ser, fazer parte desse momento da história do rap, da música de Brasília! Sou parte e continuarei sendo até que a vida assim me permita", diz Thiago Jamelão. 

De acordo com Thiago Flores, a pesquisa não faz análises quantitativas ou estatísticas, os resultados dependem da interpretação do leitor sobre as histórias contadas. Ele frisa que essa metodologia não é demérito investigativo, e que o objetivo do trabalho é apresentar diversas perspectivas para gerar reflexões. 

Como autor da pesquisa e fã de rap, Thiago ressalta ainda, que o conteúdo do registro traz duas constatações relevantes, o pioneirismo e a originalidade somada a identidade e território.

"O papel vanguardista do DF não se limitou ao momento de criação do movimento Hip Hop brasileiro e nem somente à questão musical. Ao longo de quase 40 anos de história no país, Brasília influenciou ativamente sonoridades, o mercado e o comportamento do rap nacional", destaca.

A pesquisa relata por meio das entrevistas, que em vários locais do Brasil, a cena Hip Hop acontecia simultaneamente ao tempo em que se diz que São Paulo é a gênese na Estação São Bento. Os relatos afirmam que o DF sempre esteve presente nessa construção.

"Nelson Triunfo, um dos patronos do Hip Hop brasileiro e super conectado à Estação São Bento, já dançava em Sobradinho antes de ir pra SP. E já havia criado a sua crew de dança por aqui. Dj Raffa e os Magrelos lançaram um álbum completo de rap em 89, poucos meses depois de Thaíde e DJ Hum, Região Abissal e outros considerados os discos pioneiros", afirma Thiago.

Considerando ainda o pioneirismo do Hip Hop no  Distrito Federal, Thiago revela que a pesquisa apresenta que nos primeiros anos da década de 90, a Discovery, se configurou como a maior gravadora independente de rap no país, e que GOG, rapper do DF, foi o primeiro artista do rap nacional a ser dono do seu próprio selo fonográfico, a Só Balanço. 

Em relação à musicalidade, antes da emergência nacional da primeira geração de artistas do DF, não era comum letras de raps em primeira pessoa e nem o uso de "palavrões". Câmbio Negro, Álibi e Cirurgia Moral introduziram essa prática nacionalmente. Mais a frente, precisamente em 2010, pensadores do rap nacional enxergam nas produções de Duckjay, líder do grupo Tribo da Periferia, os primeiros trabalhos de trap no Brasil, sonoridade que viria a se consolidar muitos anos após.

A segunda constatação da pesquisa, que fala sobre originalidade, identidade e território, analisa a trajetória do rap no Distrito Federal, principalmente entre 1990 e 2005. Esta parte do escrito apresenta a criação de um subgênero próprio do Cerrado, denominado rap DF ou rap Brasília.

Thiago diz que "tanto a elaboração desse subgênero quanto o reconhecimento dele por parte do público local e nacional foram processos orgânicos, não planejados formalmente". 

Caminhos do Rap

Para elaborar a pesquisa "Peso – Caminhos do Rap DF", Thiago Flores procurou dois grupos de agentes culturais com características diferentes. A busca foi por personagens que pertencessem ao time de elementos rítmicos e de produção musical e o segundo que fosse característica os elementos narrativos, de estilo e de comportamento.

Além da criação dessa identidade, o trabalho também investigou transformações, reinterpretações e novas configurações dos elementos do Hip Hop, (DJ, Break, Grafite, Rap e conhecimento) nos últimos 15 anos.

"Para fazer entrevistas, visitei pessoalmente Samambaia, Sobradinho, diferentes partes da Ceilândia, Planaltina, Vicente Pires, Guará e Taguatinga. Tudo ocorreu durante a pandemia, quando o contato pessoal foi restringido, então houve também conversas online com envolvidos direta e indiretamente com o Hip Hop", conta Thiago.

É importante ressaltar que o estudo concentra-se no rap, na parte musical do Hip Hop, porém aborda os outros elementos, e estuda o passado até a contemporaneidade. Como a pesquisa ainda terá sequência, atualmente a registro tem buscado referências sobre os saraus, ações de transformação social e outras iniciativas que têm o rap e o Hip Hop como pano de fundo.

Conexões

A obra é um híbrido entre a investigação acadêmica e o trabalho jornalístico. O estudo faz conexões entre contextos mais amplos, como estruturas socioeconômicas, influências culturais, tecnologias, tendências musicais e as trajetórias coletivas e individuais do rap do DF.

"Acredito ser possível o leitor, mesmo que não tenha conhecimento prévio sobre os assuntos tratados, compreender os processos de surgimento, disseminação e as transformações do rap no DF e fazer links com esses fenômenos no Brasil e nos Estados Unidos, centro indiscutível dessa cultura", pontua Thiago.

Ele ressalta ainda que "Peso – Caminhos do Rap do DF", apesar de apresentar uma trajetória histórica, não é uma historiografia, não cataloga eventos, personagens ou obras. O estudo não se dedica a contar a história do movimento do Distrito Federal, mas evidencia histórias, perspectivas e reflexões de inúmeros envolvidos na construção.  

Para quem quiser conhecer a pesquisa, basta acessar o site Peso Rap. Por lá é possível se apropriar do conteúdo do projeto explorando a conversa com o artista de preferência ou com um personagem envolvido com uma época ou assunto de maior interesse, sem ter que ler todo o estudo.

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Editado por: Flavia Quirino
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