MULHERES EM LUTA

Internacional Feminista é fundada no México com mulheres de mais de 30 países

Estiveram presentes Manuela D´Ávila e Daiana Santos, que terão papel de liderança na organização

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Organização nasce com objetivo de "promover uma agenda comum a favor da igualdade e de uma vida livre da violência sexista" - Foto: Reprodução/Twitter

Durante três dias, entre quinta-feira (30) e o último sábado (1º), mulheres de mais de 30 países das Américas, Ásia e Europa reuniram-se na Cidade do México para o evento de fundação da Internacional Feminista. O espaço para além de fronteiras servirá para “promover uma agenda comum a favor da igualdade e de uma vida livre da violência sexista”, segundo o manifesto da organização.

A ex-deputada Manuela D´Ávila, que participou ativamente da promoção da iniciativa, esteve presente no evento ao lado da deputada federal Daiana Santos. Ambas do PCdoB, elas terão cargos de liderança na entidade. Manuela vai dirigir uma escola de formação e de comunicação da organização. Daiana será uma das coordenadoras da frente parlamentar da Internacional Feminista.

Nas redes sociais, Manuela conta que há mais de um ano a iniciativa vem sendo construída. Segundo ela, as mulheres são imprescindíveis para resistir e transformar em meio à “crise do capitalismo, o crescimento da extrema direita e das forças neofascistas”. “O feminismo é a força impulsionadora da resistência e da construção de alternativas democráticas”, escreveu.

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Para a ex-deputada, o Brasil é a prova disso. “O imenso e amplo movimento #elenao, tão atacado pela direita e injustamente apagado por setores de esquerda; A resistência ao governo do genocida das joias e o grande engajamento direto de mulheres para garantir a eleição de Lula, afinal, pesquisas indicaram que as mulheres e pessoas negras deram a vitória a ele. Não por casualidade, nesse período, o centro dos ataques foram dirigidos a mulheres políticas.”

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Daiana Santos pontuou a expansão da luta feminista partindo da América Latina. “Nossos países têm sido centrais, protagonizando experiências como o movimento #NiUnaMenos, a proposta de reforma constitucional chilena e a Maré Verde pelo aborto, livre seguro e gratuito”, escreveu.

 

Entre as lideranças que participaram estão a ministra da Presidência da Bolívia, María Nela Prada, a deputada da República do Chile Karol Cariola, a senadora do México Citlalli Hernández Mora, a ministra da Igualdade da Espanha, Irenne Montero, a prefeita de Pichincha, no Equador, Paola Pabón, e a prefeita de Santiago, no Chile, Irací Hassler.

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Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Marcelo Ferreira